L�grima
Estava esprimida, sofrida
Era um eterno dia...
Era uma eterna noite...
Eu bradava, cantava, esquecia,
Nos cegos olhos que pertencia.

Como sofria nessa estranha agonia
Tudo por um adeus, que n�o compreendia.
Nem meu amigo: o orvalho da folha,
N�o sabia explicar os secos olhos
Que te procuravam e n�o conseguia.

N�o tinha esperan�a, estava vazia,
Sentia um peito aflito, cora��o partido,
Mas mesmo assim, num mudo sorriso,
Tentei empurrar a tristeza da alma,
Mas os olhos n�o permitiam a saida.

Como poderia imaginar que sumira
Porque sofrias, de uma ausencia vinda
Do querer do perto que clamava,
como tamb�m do sim de um tempo ido,
Numa primavera n�o esquecida.

Ent�o, sem mais nem menos um dia,
Com a manh� que traz a surpresa
De uma vinda n�o esperada,
Consegui liberdade numa saudade nua
E, rolei por uma face, que sorria.

(Eu - Antonio Ayrton Pereira da Silva)

→.●๋♫ ک�l ♫●.←