A ESTRANHA
N�o tenho que ser diferente... Eu sou diferente!
Em tudo quanto � inerente a mulher comum,
ao resto do mundo, sou isenta a tanto e a tudo,
sou diferente!
Como a alma pousada no tempo fora do tempo,
entre o c�u e a Terra... Entre o bem e o mal,
al�m at� disso tudo, que faz ora��es por b�n��os
enquanto enfrento todas as maldi��es dos antepassados
e dos seres que vierem p�stumos remendando os invernos
antigos e colhendo velhos e mesmos l�rios, enquanto morrem
os mesmos rios estirados entre as margens roubadas pelas
pegadas dos bichos, sou diferente porque sou semente apenas
ainda n�o me revelei nem flor, nem fruto, sou apenas um anjo
entre o absurdo e o po�tico enlevo de todas as can��es
e trago em mim intensidade tamanha que me faz ser outra
em um dia e outra no dia seguinte e outra no tempo de ontem!
Diferente porque em mim amar � al�m de amar !
E amar pra mim n�o faz nenhum sentido se n�o for sentido!
Diferente porque meus olhos transbordam os mares dos ventos passados
e faz emergir na superf�cie um mundo submerso e inverso em cada poema
e em cada verso, diferente como a alma que ainda n�o aceitou a casa onde mora
nem o ru�do dos motores, nem as vozes sem nexo, nem as promessas,
e sendo assim em tudo e por todos, humilde e louca j� n�o tem mais pressa!
(Claudia Morett)
→.●๋♫ ک�l ♫●.←