Labirinto
� fogo na ponta dos dedos e estrelas nos n�s dos cabelos
A alma de uma mulher � labirinto,
Uma forte chuva de granizo,
Um sotaque estrangeiro na l�ngua
Uma farpa no fundo peito.
Deixa o vento assoviar aquela musica
E a vela falar com ele
Deixa a luz se apaixonar pelas trevas,
E as algas cobrirem a pele do tempo.
Na superf�cie estranha do teu medo
No fundo de tua imagina��o
Onde dorme um louco e um poeta
E a velha menina desperta em dias alternados
Deixa se inventar um novo estado.
� assim que a alegria faz sombra
Pra descansar do sono pesado
Do passado entre as ru�nas
Ou�a a vibra��o dissonante do teu mundo
Internamente � que as coisas realmente s�o.
Nos ouviremos os lamentos da guerra
Mas n�o morremos sem saber
Que a boca transgride a verdade
Que o �dio consome o instinto
Que a alma da mulher � labirinto.
Claudia Morett
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