VENCER O TEMPO
O princ�pio do fim�
Adeus ou at� sempre� triste express�o que anuncia o fim�
Eu n�o quero dizer Adeus�, prefiro At� sempre�
Mas o tempo, todo poderoso,
mostrou-me que o At� sempre est� enfeitado
com plumas douradas e perfumes inebriantes
que esvoa�am livremente�
Ele � o sin�nimo do At� nunca,
mas feito na viagem perfeita ao interior da alma
para ouvir a melodia do cora��o,
com aquele abra��o gostoso da despedida�
O At� nunca transforma-se num doce colorido
com os sentimentos a fazerem massagens nas emo��es
e elas a desfragmentarem-se em sonhos alegres e felizes�
N�o os sonhos de querer viver,
mas os sonhos de ter prazer�
bordados com finos fios de amor,
prateados pela amizade
e pigmentados pela cumplicidade que o tempo n�o conseguiu apagar�
E ent�o, a simbiose perfeita entre o At� sempre e o At� nunca
tornam-se a realidade mais (im)perfeita de todo o sempre�
Que o tempo,
apesar de percorrer os mais diversos caminhos
e nas diferentes formas de vida,
n�o conseguiu adulterar�
Semeou retalhos de uma vida vivida e sofrida,
mas embrulhada em sonhos de prazer,
eternizados no pr�prio tempo�
E foi o tempo que acabou por me ensinar
que as l�grimas s�o os diamantes das mem�rias�
o seu bem mais precioso
e que aliment�-las com ondas de ternura,
d� suavidade � vida�
A vida que se quer vivida com prazer�
o prazer no sonho ou do tempo,
na sublima arte de viver�
Ent�o o tempo n�o me venceu e acabou meu aliado�
Hoje, percorremos juntos o princ�pio do fim,
numa estrada perfumada de alegria,
onde os caminhos se cruzam com a nossa hist�ria�
E ambos sabemos que o At� nunca significa um trilho paralelo,
com olhares cruzados,
gestos sentidos e sentimentos emaranhados,
que a dist�ncia, o tempo ou a vida, nunca poder�o apagar�
Ent�o o final � de felicidade
porque na simplicidade dos gestos, venci o tempo�
Ele n�o me convenceu a desistir,
mas mostrou-me que a raz�o est� sempre debruada de emo��es
e que ser feliz significa viver o sonho de ser e n�o o de ter �
O nada confunde-se com o tudo
e nesta dicotomia de palavras�
enfeito os sonhos com aguarelas coloridas e matizadas
para adormecer a sentir o sol espalhar-se por todo o meu ser�
neste serpentear de sil�ncios
que v�o tecendo um casulo insonorizado � nossa volta�
com a dualidade do At� sempre� e at� Nunca a flu�rem soltos no tempo�
Mariana Loureiro
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