Perco-me distra�do com o tempo,
De fio a pavio pouco ou nada encontro.
Perco-me de tudo, at� de mim pr�prio.
Distraio-me com comportamentos,
Ou torno-me secund�rio no meu.
Ningu�m tem culpa de nada!
Toda a gente procura o que � certo,
Toda a gente assume alguma indiferen�a.
Disfar�o com alguma falta de aten��o,
Pretendo n�o fazer aquilo que fa�o.
�s vezes, j� n�o sei se estou certo.
Confundo-me tanto
Com a confus�o dos outros, que,
Assumo a minha raz�o sem saber,
Arriscando um carimbo cr�tico.
Mas, apesar de tudo,
Estou certo da indiferen�a que lhe presto.
Este h�bito � pol�mico, eu sei que,
Deverei ou deveria preocupar-me comigo.
A conclus�o a que chego,
Tem um "cord�o" comum a todos.
H� algo de �nicio ou fim comuns.
H� uma linha inv�sivel que nos une,
Mesmo na crueldade da indiferen�a.
A realidade � um conceito sens�vel que,
Justifica todas as reac��es humanas.
A raz�o, toda a atitude da vida,
Tem de ser vivida "in loco" para ser sentida.
O imagin�rio, mesmo que mem�ria, ou futuro,
Tem as sensa��es alteradas em cr�ditos
Adaptados � vontade e previs�o do aceit�vel.
A multid�o atrai-me por isto.
A panaceia de comportamentos que,
Isolados e provocados pela Humanidade,
Se concentram em actos individualistas,
Quase homog�nios e previsiveis.
O Homem nasceu complicado. Muito complicado!
A Humanidade cria o exame permanente,
Sem filtrar a real raz�o da exist�ncia.
Em grupo, �-me sempre dif�cil
Atingir o equil�brio da simplicidade.
Afinal nascemos simples,
Afinal nascemos inocentes mas,
Crescemos ao contr�rio da raz�o.
A raz�o, � ser simples!
Carlos Lobato
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