
FRIEZA
Os teus olhos s�o frios como as espadas
E claros como os tr�gicos punhais
T�m brilhos cortantes de metais
E fulgores de l�minas geladas.
Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cru�is e desleais,
Fant�sticos desejos irreais,
E todo o oiro e o sol das madrugadas!
Mas n�o te invejo, Amor, essa indif"ren�a
Que viver neste mundo sem amar
� pior que ser cego de nascen�a!
Tu invejas a dor que vive em mim!
E quanta vez dir�s a solu�ar:
"Ah, quem me dera, Irm�, amar assim!
(Florbela Espanca )
→.●๋♫ Sol ♫●.←
