
Minha av� sentava comigo no balan�o
e contava hist�rias de fadas
mas tamb�m de bruxas e estranhos seres
que habitavam as paredes do quarto.
meu cora��o disparava.
A bacia no ch�o cheia de amoras
n�o dava conta do meu espanto
e da minha afli��o.
Depois que ela se ia, eu ficava a ver imagens
que a renda da cortina da janela
projetava nos m�veis,
e o esvoa�ar das asas dos morcegos no jardim
tomava propor��es de drag�es imensos
guiados por guerreiros malvados.
Acho que ela nunca soube o tamanho do meu medo
e da agonia que eu passava sozinha naquele quartinho
com apenas a luz do lampi�o acesa, a espreitar os duendes
que ficavam correndo pelo ch�o e se escondendo debaixo da cama.
Mariza Alencastro
(�una)
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