A noite esta fechada na janela aberta.
Uma rua perdeu-se na sombra l� embaixo.
N�o existe esta rua - � um beco surrealista
que fugiu de algum quadro louco que n�o vi.
Ou�o meu cora��o ardente e solit�rio
com sua m�sica estranha de piano b�bado.
No espelho, meu olhar: duas chamas de estrelas.
N�o sei se � o vento, sei que h� m�sica na noite.
H� m�sica no quarto, nas cortinas, m�sica
nos meus cabelos despenteados, nos meus dedos,
no meu rosto, entra e sai pela janela.
M�sica indefinida a encher a solid�o:
- estou no ventre da noite a mexer com os meus sonhos,
ou�o o meu cora��o ardente e solit�rio.
( JG de Araujo Jorge )
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