EIS A QUEST�O
H� pessoas que nos libertam... h� outras que nos aprisionam e asfixiam. H� pessoas capazes de extrair de n�s o que h� de melhor e mais bonito... h� outras que colocam em evid�ncia toda a nossa imperfei��o... h� pessoas que nos tomam pela m�o e nos conduzem... h� outras que nos empurram para o abismo da desorienta��o... h� pessoas que semeiam flores de esperan�a e luz... h� outras que v�o colocando espinhos na nossa cruz.
H� pessoas que nos injetam vida, otimismo, confian�a... h� outras que aniquilam nosso equil�brio e temperan�a. H� pessoas que nos fazem multiplicar nossos poucos talentos... h� outras que nos fazem enterrar os poucos que sup�nhamos ter. H� pessoas que s�o bals�micas em nossas vidas... h� outras que tornam completamente in�cua a nossa lida.
H� pessoas que nos estruturam e nos levantam... h� outras que nos fragmentam e nos desmontam...
Assim posto, at� onde o destino o permitir, que possamos ficar longe daqueles que nos s�o corrosivos, e que possamos ficar perto daqueles que nos s�o benfazejos.
Mas as vezes, por uma destas raz�es incompreens�veis da natureza humana, descobrimos com espanto que h� pessoas que simultaneamente nos elevam e nos abatem... nos levantam e nos derrubam... nos apedrejam e deitam b�lsamo nas nossas feridas.
E, mais perplexos ainda ficamos quando constatamos que, por um capricho da Cria��o, ou quem sabe, da nossa m�sera condi��o, n�o somos v�timas passivas deste processo, e que vivendo e interagindo, vamos n�s tamb�m distribuindo (querendo ou n�o querendo) alegrias e dores, m�goas e alentos, luz e escurid�o...
Como se dan��ssemos em perfeita simetria
Ou como se contracen�ssemos em perfeita sintonia com os nossos "bals�micos algozes".
Tal � a humana condi��o... eis a quest�o!
F�tima Irene Pinto
Do Livro "Momentos Cat�rticos"
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