Sofredora
Cobre-lhe a fria palidez do rosto
O sendal da tristeza que a desola;
Chora - o orvalho do pranto lhe perola
As faces maceradas de desgosto.
Quando o ros�rio de seu pranto rola,
Das brancas rosas do seu triste rosto
Que rolam murchas como um sol j� posto
Um perfume de l�grimas se evola.
Tenta �s vezes, por�m, nervosa e louca
Esquecer por momento a m�goa intensa
Arrancando um sorriso � flor da boca.
Mas volta logo um negro desconforto,
Bela na Dor, sublime na Descren�a.
Como Jesus a solu�ar no Horto!
Augusto dos Anjos
→.●๋♫ ک�l ♫●.←