�Eu tenho as minhas feridas, voc� as suas.
N�o escapamos, n�o se pega um barco ou avi�o para bem longe delas.
N�o se encontra muita sa�da a n�o ser conviver.
Eu escrevo. Nem todas as vezes alivia, �s vezes � fazer doer mais ainda,
s�o flores que tamb�m correm o risco de morrer, entende?
Mas quando escrevo, quando a tinta toca o papel, quando as teclas s�o
digitadas, � como se a ferida fosse vista de outro �ngulo, mais ou
menos prazeroso.
Pode ser que seja assim.
O que quero dizer � que as feridas mais expostas
precisam ser distra�das, gritadas, seja como for.
Conhe�o pessoas que amassam e desamassam a mesma folha por minutos
e minutos at� se distra�rem e se acalmarem.
Digo, cada um com a sua �t�cnica�, � isso.
O que as palavras me ensinaram, por�m, � que n�s daremos voltas demais
e, inevitavelmente, sempre
precisaremos de uma t�cnica a mais para esquecer. Para conviver.
E os meus textos andam cada vez mais longos e pausados�
H� quem diga que eu escondo as feridas.�
� Camila Costa.
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