Eu, que nunca soube conter o sentir
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vou domesticando o sofrimento,
aprendendo seu nome,
conhecendo seus olhos.
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Aprendi que n�o se pode ignorar a dor,
ou ela vira o dia do avesso,
inunda a casa,
encharca a cama e semeia cacos de vidros
sob os travesseiros.
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H� que t�-la nos bra�os
como uma filha dileta,
h� que cantar-lhe um acalanto,
h� que dar-lhe de comer,
oferecer-lhe o seio para que se alimente
do que h� em meu peito.
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H� que aprender a am�-la
como a uma orqu�dea que brota
nas fendas do corpo,
nos p�los do ventre,
no v�o dos sentidos.
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H� que torn�-la �ntima
das delicadezas e l�grimas,
lamb�-la como uma cria e,
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por fim, devor�-la.
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Maria Flor
→.●๋♫ ک�l✿ڿڰۣ� ♫●.←
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