Quem sou? E o que tenho a lhe dizer, que ainda n�o lhe disse?
Sou parte de uma hist�ria que vai se escrevendo a cada dia, a cada instante e a cada passo que dou nesse imenso caminho que est� diante de mim. Esse caminho muitas vezes � complicado, confuso, e quase sempre desafiador. � quando me faltam palavras adequadas para continuar a hist�ria. Ent�o o cora��o costuma usar as que aparecem primeiro. Ainda que parte dessa hist�ria, que n�o exclui uma s� pessoa, tenho a minha pr�pria hist�ria, a que eu - e apenas eu - posso comp�r. Nela n�o h� paradas, mas simplesmente um caminho. Que n�o � do mesmo jeito em todos os momentos, e nem sempre � perfeito, mas pode, sim, ser cada vez melhor. E isso n�o depende de sorte, nem daqueles que sempre me aplaudem, mas t�o somente de mim, porque sou o autor desta hist�ria.
Se pudesse t�o somente reescrever o roteiro desta vida, talvez n�o seria apenas o narrador desta hist�ria e n�o lhe tornaria a artista principal, a senhora seria o coadjuvante. A sim poderia dizer-lhe tudo aquilo que ainda n�o lhe disse, n�o mais guardando comigo respostas, palavras e a��es n�o ditas e n�o feitas, que tornam a minha vida o fardo t�o pesado quanto o ato do arrependido.
Diria tudo que sinto e penso, e nunca mais a senhora despertaria em mim a dor que muitas vezes suas palavras �speras provocam. Poderia dizer que te amo, mas n�o para lhe fazer feliz e, sim para me fazer feliz, e quando este objetivo perde o sentido fica como algo perdido e deixa confundido o meu cora��o. Diria tamb�m que a senhora n�o � dona da verdade, n�o pode julgar as pessoas como se as conhecesse, n�o gosto quanto me insulta, quando n�o me escuta, quando me dar as costas, perturba minha paz (outrora t�o dificilmente conquistada).
Diz-me que me ama , que sou tua filha, mas quem ama n�o mata o amor do outro. �s falsa contigo e com os outros, espalha feneno por onde passa, destr�i aos poucos e depois pisa e joga fora. Olho para ti agora e n�o consigo ver a pessoa que eu amei e que continuo amando, procuro n�o encontro.
N�o quero mais os seus carinhos, nem suas agress�es e nem t�o pouco quero sua aten��o. Quero agora apenas o meu amor de volta e a certeza da dist�ncia e da perda daquele amor que um dia imaginei ter conquistado, n�o quero te ver mais, nem te ouvir, porque apenas desejo te extinguir dentro e fora de mim. Pediste-me para amar e eu amei, agora me ensisnas a odiar e eu n�o te odiarei, me odeie se quiser, mas de te amor sentirei e se n�o for amor que seja desprezo porque agora � o que sinto e recebo.
Essa vida em que sofremos, mas que tiramos for�a da alma para continuar batalhando. Vida em que, dias dif�ceis, de decep��es e desafetos, e assim encontramos a magia do saber e da f�. Vida, que n�o entendemos, mas procuramos, alguma coisa, aprender. Essa vida dif�cil. �s vezes f�cil, quando procuramos conhec�-la. Essa vida cheia de encantos e desencantos, amores e �dios. Cheia de vida e que se torna morte, quando n�o vivida. Essa vida t�o estranha, cheia de coisas bizarras e, ao mesmo tempo, grandiosa, com provas, supera��es. Essa vida que foi feita para viver e, t�o interessante, que costumo cham�-la de vida mutante.
Talvez nisto se resuma minha vida, numa muta��o! S� quero saber quem sou e onde estou, quando tudo fica t�o branco como esta folha de papel, e os sentidos e tudo mais j� deixam de existir. Se existir mesmo esta coisa de personalidade, ent�o terei que encontr�-la, n�o sei onde, pois tudo que vejo � o imenso vazio em toda a minha trajet�ria. Para mim jamais existiu uma identidade e, sim algum dia eu tive essa j� se perdeu.
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�~:�.��`�.Sol!!!!!.����.�:~�
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