O Que Fazemos Com Nosso Amor


Muitas vezes nos perguntamos o que fazemos com esse amor todo que sentimos
e nem sempre temos para quem dar, doar; entregar.
� esse amor de amante, amor �nico que sentimos.
Um amor para o qual nem sempre existe �quem�.
� um amor bravio nas horas de amor,
que em outros momentos � sensato,
dedicado, atencioso.
Um amor pleno e completo.

Um amor sedutor, sedento,
que se permite seduzir.
Um amor t�o especial, t�o �nico,
t�o pr�prio, t�o "meu".
Um amor que esquenta,
nos faz sentir que fugimos do ponto,
que nos perdemos de n�s mesmos,
que nos faz pairar no sozinhos no espa�o
e que no momento seguinte nos puxa (arrasta)
de volta, ao qual nos entregamos sem limites
e do qual somos o dono.

O amor que d� frio na barriga,
que nos trinca os dentes,
contrai as pernas e relaxa a alma.
Um amor que nos vira do avesso,
que rouba nosso pudor,
que nos faz t�o plenos que n�s
tornamos o pr�prio amor.
Um amor quase bandido que eleva a alma,
nos deixa quase anjos (deca�dos).
Que nos faz sentir no v�cuo,
nos faz perder o ar e nos preenche
plenamente de paix�o.

Um amor que nos faz voltar a ser crian�as,
adolescentes sem compromisso,
que nos faz rolar e enrolar,
que arranca o len�ol de nossa cama.
Um amor t�o desmedido que
descargas el�tricas riscam o quarto escuro,
que nos fa�a mergulhar e misturar em nosso suor,
que nos umede�a intensamente a carne e lave a alma.
Um amor, diamante em transforma��o,
que devido a intensidade do calor
e da press�o transmute o carv�o.

Um amor que nos ensurde�a
e que nos fa�a ouvir em cada sussurro um pedido,
uma rogativa, uma ordem, uma s�plica...
Que nos fa�a cheios de si e que nos permita a conhecer a humildade tanto um do outro.

Um amor que nos fa�a mergulhar profundamente
no inferno de nossas mais intensas paix�es e nos impulsione tanto que
- no instante seguinte -
sejamos arrebatados at� o terceiro c�u...