Isso n�o � nenhuma raridade, acontece �s pencas. Nossa percep��o de solid�o infelizmente ainda depende do nosso status social. Se voc� tem algu�m, voc� encara a vida sem preconceitos, voc� exp�e-se sem se preocupar com o que pensam os outros, voc� lida com sua solid�o com maturidade e bom humor. No entanto, se voc� carrega o estigma de solit�ria, sua solid�o triplicar� de tamanho, ela n�o ser� algo f�cil de levar, como uma bolsa. Ela ser� uma cruz de chumbo. � como se todos pudessem enxergar as aus�ncias que voc� carrega, como se todos apontassem em sua dire��o: ela est� sozinha no cinema por falta de companhia! Por que ningu�m aponta para a outra, que est� igualmente sozinha?
Porque ningu�m est�, de fato, apontando para nenhuma das duas. Quem aponta somos n�s mesmos, para nosso pr�prio umbigo. Somos n�s que nos cobramos, somos n�s que nos julgamos. Ningu�m est� sozinho quando curte a pr�pria companhia, por�m somos ref�ns das conven��es, e quando estamos s�s, nossa solid�o parece piscar uma luz vermelha chamando a aten��o de todos. Relaxe. A solid�o � invis�vel. S� � percebida por dentro.
Martha Medeiros
Sol
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