Flor decadente

V�s que j� fostes cheia de plenitude,
Por que escolheu jazer no meu jardim?
Oh flor formosa, aroma de jasmim
Por que jogar ao vento tua virtude?

Por que virastes po�o amargo e rude?
E meu fado � provar do mesmo fim!
Ao morrer arrancastes cru de mim
Um sentir prematuro que n�o pude

Lapidar... Num peda�o incompleto
Hoje fulgura neste em v�o soneto,
Pois sobrou-me apenas da paix�o

O amargor da lembran�a da inclem�ncia
De quem exalara o fragor da inoc�ncia,
Que agora apenas orna meu caix�o

Carlos Barbosa