
Quanto vale a vida?
Aos teus p�s imploro teu carinho e devo��o,
N�o me deixe fenecer em plena vida...
Tua aus�ncia � como procela que faz tremer
Qualquer alma como a minha que anda errante...
Dai-me um destino! Seja a morte ou tua presen�a,
S� n�o quero fenecer lentamente em tua aus�ncia
Sem escolha querida amada de ti eu fui apartado,
Tal qual o furor do sol aparta o rocio da grama
Jogado ao jugo do tempo que � procela atroante
Destemeu atroz sentir que me entorpece
O cora��o que fenece com os gritos sem rumo
E sem dire��o, um estouro, um tiro, um corpo esmorecido
Sobre a face dos antigos semblantes amigos
Que agora s�o cobertos pela rubra mortalha h�rrida
Sobre cad�veres inertes para deleito de milhares
De negros p�ssaros festejando tamanha carnificina...
Na primeira estrela da manh� reluz a estupidez
De homens que tem que buscar honra e gl�ria
Na morte para um general brindar seu sangue
Numa ta�a de ouro, aos soldados que como eu
Foram apartados aterradoramente dos entes querido
Para habitar a terra hostil de lobos de hirto cora��o...
E a cada alvorecer � mais dif�cil ver um semblante
Amigo e acalentador, eu vejo somente rostos enfurecidos,
Torpes, sobre p�trido rio de sangue... Em meio a tanto terror
Eis que num relance transparece no horizonte o rosto brando
De minha amada na fuma�a de um canh�o,
Mas, logo acordo com mais terror, mais mortes, mais sangue,
Todos tem medo que venha o sono, e com ele de carona a morte
E a her�ica volta seja uma medalha de honra e pr�mio de consola��o,
Aos pais, esposas e irm�os que nunca mais ver�o sorrir
O rosto que outrora fora t�o doce, e para o combatente
N�o h� dor maior que saber que se morrer ir� verter inconsol�vel
Pranto do semblante das pessoas amadas,
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♥ Eu e Ele ♥

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