Amo como o amor ama. N�o sei raz�o pra amar-te mais que amar-te. Que queres que te diga mais que te amo, Se o que quero dizer-te � que te amo? ..................................................................... Quando te falo, d�i-me que respondas Ao que te digo e n�o ao meu amor. ..................................................................... Ah! n�o perguntes nada; antes me fala De tal maneira, que, se eu fora surda, Te ouvisse todo com o cora��o.
Se te vejo n�o sei quem sou: eu amo. Se me faltas [...] ... Mas tu fazes, amor, por me faltares Mesmo estando comigo, pois perguntas � Quando � amar que deves. Se n�o amas, Mostra-te indiferente, ou n�o me queiras, Mas tu �s como nunca ningu�m foi, Pois procuras o amor pra n�o amar, E, se me buscas, � como se eu s� fosse Algu�m pra te falar de quem tu amas. ..................................................................... Quando te vi amei-te j� muito antes: Tornei a achar-te quando te encontrei. Nasci pra ti antes de haver o mundo. N�o h� cousa feliz ou hora alegre Que eu tenha tido pela vida fora, Que o n�o fosse porque te previa, Porque dormias nela tu futuro. ..................................................................... E eu soube-o s� depois, quando te vi, E tive para mim melhor sentido, E o meu passado foi como uma "strada Iluminada pela frente, quando O carro com lanternas vira a curva Do caminho e j� a noite � toda humana. ..................................................................... Quando eu era pequena, sinto que eu Amava-te j� longe, mas de longe... ..................................................................... Amor, diz qualquer cousa que eu te sinta! � Compreendo-te tanto que n�o sinto, Oh cora��o exterior ao meu! Fatalidade, filha do destino E das leis que h� no fundo deste mundo! Que �s tu a mim que eu compreenda ao ponto De o sentir...?