Tomara que os nossos enganos mais devastadores n�o nos roubem o
entusiasmo para semear de novo. Que a lembran�a dos p�s feridos n�o nos
tire a coragem de sentir confian�a. Que sempre que doer muito, os
cansa�os da gente encontrem um lugar de paz para descansar na varanda
mais calma da nossa mente. Que o medo exista, porque ele existe, mas que
n�o tenha tamanho para ceifar o nosso amor. Tomara que a gente n�o
desista de ser quem � por nada nem ningu�m deste mundo. Que a gente
reconhe�a o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras
alheias n�o confundam as nossas verdades. Que friagem nenhuma seja capaz
de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos
doendo, n�o percamos de vista nem de sonho a ideia da alegria.