Leia a Biblia
Renovar as for�as � dar uma nova raz�o para viver
As nossas ora��es n�o podem ser apenas repeti��es de palavras. Nossa ora��o deve ser o nosso momento de comunh�o e de reconcilia��o com Deus.
�Senhor, ensina-nos a rezar, como tamb�m Jo�o ensinou a seus disc�pulos� (Lucas 11, 1).
O Evangelho de hoje nos demonstra e nos aponta Jesus vivendo um de Seus tantos momentos de ora��o. Sabemos que Ele mergulhava na ora��o, se entregava � ora��o; Ele ia com todo Seu ser, Seu corpo e Sua alma viver esse mist�rio de comunh�o profunda com Seu Pai por interm�dio da ora��o. Os disc�pulos do Senhor O viram rezando, aproximaram-se d�Ele e disseram a Ele: �Senhor, ensina-nos a rezar, assim como Jo�o ensinou a seus disc�pulos�.
Deixe-me dizer uma coisa a voc�: o pedido dos disc�pulos deve ser tamb�m o pedido de cada um de n�s! Como diz a Palavra de Deus na Carta de Paulo aos Romanos 8-26: �Do mesmo modo, tamb�m o Esp�rito vem em socorro da nossa fraqueza, pois n�o sabemos rezar como conv�m�. Na verdade, n�s n�o sabemos rezar e, muitas vezes, deixamos de rezar, de orar porque n�o sabemos como faz�-lo, n�s n�o sabemos como nos dirigir a Deus. Ent�o este deve ser o pedido, a s�plica da nossa alma, n�s devemos primeiro reconhecer essa nossa mis�ria e essa nossa fraqueza � que ali�s n�o � erro nenhum admitir que n�o sabemos isso ou aquilo, sobretudo diante de Deus � e admitir que n�o sabemos nos relacionar devidamente com Ele.
� Deus quem pode nos ensinar, � Ele mesmo quem pode nos educar e nos apontar o caminho e a dire��o da escola de ora��o, t�o necess�ria e t�o importante. As nossas ora��es n�o podem ser apenas repeti��es de palavras. Porque se torna, muitas vezes, mais f�cil e mais c�modo ou at� uma ora��o sem o comprometimento com aquilo que queremos de fato colocar no cora��o de Deus.
Por isso, Jesus hoje n�o nos ensina uma f�rmula apenas. O Pai-Nosso, que tanto rezamos nas Missas, nas nossas ora��es di�rias, cotidianas, n�o � simplesmente uma f�rmula a ser conhecida, mas � um modo de ser, � nosso modo de nos relacionarmos com Deus, � o modo como deve ser a nossa ora��o. Cada ora��o deve ser o momento de exaltar o Pai, cada ora��o deve ser o momento de suplicar pelo Reino de Deus para que ele aconte�a em nosso meio. Cada ora��o nossa deve ser o momento de exercer a caridade, de pedir o p�o � n�o s� para mim � mas para n�s!
Nossa ora��o deve ser o nosso momento de reconcilia��o com Deus, pedindo que Ele nos perdoe a cada dia. Mas, cada ora��o deve ser tamb�m o nosso momento de reconcilia��o com os outros, porque do mesmo jeito que precisamos suplicar pelo perd�o de Deus, n�s queremos suplicar que Ele tamb�m nos ensine e nos ajude a perdoar a quem n�s n�o conseguimos perdoar (e voc� sabe que isso n�o � t�o simples nem t�o f�cil). N�s precisamos do aux�lio de Deus em cada ora��o, n�s precisamos pedir a for�a de Deus para nos livrar das tenta��es e dos perigos da vida.
Se aprendemos com Jesus esse modo de ser e de orar a nossa ora��o vai crescer! N�o fa�a da sua ora��o apenas um momento de dizer um Pai-Nosso e uma Ave-Maria, mas fa�a da ora��o um momento de comunh�o com Deus, de s�plica a Ele, de reconcilia��o com Ele e com o pr�ximo.
Deus aben�oe voc�!
Padre Roger Ara�jo