Leia a Biblia
Renovar as for�as � dar uma nova raz�o para viver
Cristo se manifesta no mist�rio do sofrimento humano, por isso sejamos presen�as consoladoras �queles que padecem na carne ou no esp�rito, oferecendo-lhes nossa solidariedade, conforto e amor.
�A verdade � que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores� (Isa�as 52, 4).
Hoje, na Sexta-feira da Paix�o de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, n�s queremos contemplar o Cristo crucificado, Aquele que morre na cruz por amor a mim e a voc�. N�s O adoramos, O bendizemos e O aclamamos, Jesus, pelo Seu Sangue derramado na cruz por amor a n�s e a toda humanidade!
A cruz, meus irm�os, n�o � algo passado, ultrapassado. O mist�rio da cruz de Cristo � o mist�rio da reden��o e da salva��o da humanidade. � por isso que n�s n�o nos cansamos de anunciar Cristo e Jesus Cristo crucificado. Loucura para alguns; esc�ndalo para outros, mas para n�s � a manifesta��o mais concreta do poder de salva��o do Nosso Deus.
Deus nos salva na humilha��o humana. Deus nos salva no desprezo humano. O Senhor nos salva e nos aben�oa naquilo que parecia ser a maior de todas as maldi��es: que esc�ndalo e que horror um ser humano ser pregado na cruz, lugar dos piores bandidos, lugar de castigo. Cristo foi castigado, humilhado, mas aprendeu, com Seu sofrimento, a resgatar o sofrimento de todos n�s! Sobre o Seu Corpo pairavam todas as doen�as e enfermidades da humanidade, toda a dor, a exclus�o. Cristo morreu por todos aqueles que sofrem!
Por isso hoje n�s queremos contemplar o Cristo crucificado presente no meio de n�s: nossos doentes, nossos enfermos, aqueles que sofrem no corpo, na alma e no esp�rito, aqueles que sofrem a dor da perda, da trai��o, do abandono e da solid�o. Cristo se faz solid�rio com toda dor e com todo sofrimento humano.
No alto da cruz Ele grita: �Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?� (Salmos 21, 2). Ele sentiu a solid�o, a aus�ncia de Deus. N�o � que Deus estivesse longe d�Ele ou O tivesse abandonado; � que esse � o sentimento que vem ao cora��o de muitos de n�s quando passamos por prova��es dif�ceis, quando passamos por situa��es que parecem humanamente terr�veis. Chegamos a pensar: �Ser� que Deus me esqueceu? Ser� que Ele n�o ter� piedade de mim?�.
Ao dizer isso, Jesus se faz solid�rio ao nosso sentimento de abandono e solid�o para dizer que est� sofrendo conosco. N�o sofrendo por compaix�o apenas, mas porque sofreu tudo isso na pr�pria carne, sofreu como n�s sofremos e sobre Ele se juntaram todos os sofrimentos da humanidade.
Assim como o sofrimento de Cristo n�o foi est�ril nem in�til; mas, pelo contr�rio, se tornou redentor, salvador e libertador, os nossos sofrimentos n�o podem ser em v�o! N�o sofra � toa, n�o sofra sem sentido, mesmo que voc� n�o compreenda a maneira como o sofrimento bate � sua porta, transforme todo e qualquer sofrimento em reden��o! Una as dores que batem � sua porta, de uma forma ou de outra, aos sofrimentos de Cristo na cruz e ao mist�rio da Paix�o redentora de Jesus. Desse modo o Senhor far� ser fecundo o nosso sofrimento, vai dar uma raz�o e uma dire��o �quilo pelo qual passamos ou enfrentamos.
Seja hoje uma presen�a consoladora a quem tem sofrimentos maiores, seja uma presen�a de conforto e solidariedade com aqueles que padecem na carne ou no esp�rito. Cristo Jesus se faz solid�rio e redentor com todo o sofrimento humano!
Hoje n�s celebramos os crucificados e os sofredores de toda a humanidade. Olhando e contemplando cada um deles, n�s contemplamos o Cristo Crucificado, Aquele que � o Salvador de todos n�s!
Deus aben�oe voc�!
Padre Roger Ara�jo
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