No divino impudor da
mocidade,
Nesse �xtase pag�o que vence a sorte,
Num fr�mito vibrante de
ansiedade,
Dou-te o meu corpo prometido � morte!
A sombra entre a mentira
e a verdade...
A nuvem que arrastou o vento norte...
-Meu corpo! Trago
nele um vinho forte:
Meus beijos de vol�pia e de
maldade!
Trago d�lias vermelhas no
rega�o...
S�o os dedos do sol quando te abra�o,
Cravados no teu peito como
lan�as!
E do meu corpo os leves
arabescos
V�o-te envolvendo em c�rculos dantescos
Felinamente, em
voluptuosas dan�as...
(Florbela
Espanca)