VAGA �BUNDA� VIDA...
De tantas coisas me permiti desapegar.
De tantos hinos de ontem desencantei.
De tanto me desfiz e me refiz por muito buscar.
Joguei para o vento as purpurinas,
O cheiro carmim, a saliva e as grandes palavras urgentes.
Fui me despedindo, me despindo , me largando
E, tentando me entender crendo no P�o sobre a Mesa ...
Desabrochei rosa flor em solo d��gua,
Em sol menor e nostalgia,
Inspirando cantigas e cantores,
Louvores e melodias,
Em tons certos, crentes e carentes ...
Debru�ando em p�nico sem muitos argumentos,
Num recado desnaturado,
Sentindo as dores frias e sangrentas ,
Em s�plicas , em lamentos,
Sem gra�a e com medo,
Em prosa ou poesia ,buscando coer�ncia...
Virando cartas e atitudes,
Observando a vaga� bunda� da vida...
N�o disfar�ada , em farpas desenhada,
Desde quando desabrochou j� cansada
Nas noites de inverno e vinho,
Em gavetas e luzes trancada.
Enfim...
Hoje, diante de mim,
Abra�o a menina, a mo�a,
No gozo e no orgasmo da mulher,
Pelos interesses que a interessou
E, fez a vaga vida seguir e...seguir...seguindo.
(Val)