Afinidade
N�o � o mais brilhante,
Mas � o mais sutil,
Delicado e penetrante dos sentimentos.
N�o importa o tempo, a aus�ncia,
Os adiantamentos, a dist�ncia, as impossibilidades.
Quando h� afinidade,
Qualquer reencontro retoma a rela��o,
O di�logo, a conversa,
O afeto, no exato ponto
De onde foi interrompido.
Afinidade � n�o haver
Tempo mediante a vida.
� a vit�ria do adivinhado sobre o real,
Do subjetivo sobre o objetivo,
Do permanente sobre o passageiro,
Do b�sico sobre o superficial.
Ter afinidade � muito raro,
Mas quando ela existe,
N�o precisa de c�digos
Verbais para se manifestar.
Ela existia antes do conhecimento,
Irradia durante e permanece depois que as
Pessoas deixam de estar juntas.
Afinidade � ficar longe,
Pensando parecido a
Respeito dos mesmos fatos que
Impressionam, comovem, sensibilizam.
Afinidade � receber o que vem
De dentro com uma aceita��o
Anterior ao entendimento.
Afinidade � sentir com...
Nem sentir contra, sem sentir para...
Sentir com e n�o ter necessidade de
Explica��o do que est� sentindo.
� olhar e perceber.
Afinidade � um sentimento singular,
Discreto e independente.
Pode existir a quil�metros de dist�ncia,
Mas � adivinhado na maneira de falar,
De escrever,
De andar,
De respirar...
Afinidade � retomar a rela��o
No tempo em que parou.
Porque ele (tempo) e
Ela (separa��o) nunca existiu.
Foi apenas a oportunidade dada (tirada)
Pelo tempo para que a matura��o
Pudesse ocorrer e que cada
Pessoa pudesse ser cada vez mais.
Texto de Artur da T�vola
(",)\
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Sєjαм Bєм-Viηdσs!!!
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