TRISTEZAS DA LUA
Divaga em meio � noite a lua pregui�osa;
Como uma bela, entre coxins e devaneios,
Que afaga com a m�o discreta e vaporosa,
Antes de adormecer, o contorno dos seios.
No dorso de cetim das tenras avalanchas,
Morrendo, ela se entrega a longos estertores,
E os olhos vai pousando sobre as n�veas manchas
Que no azul desabrocham como estranhas flores.
Se �s vezes neste globo, �bria de �cio e prazer,
Deixa ela uma furtiva l�grima escorrer,
Um poeta caridoso, ao sono pouco afeito,
No c�ncavo das m�os toma essa gota rala,
De irisados reflexos como um gr�o de opala,
E bem longe do sol a acolhe no seu peito.
Baudelaire
Sєjαм Bєм-Viηdσs!!!
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