O Deus presente que muda qualquer situa��o�
Padre Luiz Carlos de Oliveira
Mission�rio Redentorista
�Vem, Senhor!�
A grande tribula��o
No final do Ano Lit�rgico e in�cio do Advento, refletimos sobre o fim dos tempos. Essa reflex�o � chamada de escatologia. Quanto ao fim, a vinda de Cristo e a hora em que se dar�, h� sempre gente marcando datas. Jesus � claro: �Quanto �quele dia e hora, ningu�m sabe, nem os anjos, nem o Filho, mas somente o Pai� (Mc 13,32). Parece que Jesus quer dizer; vamos cuidar de viver bem. Ent�o n�o interessa a hora. O texto � dif�cil por ser uma literatura diferente. Era muito usada naquele tempo, como vemos no livro de Daniel. Os primeiros crist�os, diferentemente de n�s, viviam fortemente o sentido da vig�lia e da espera. N�o podemos interpretar esses sinais a partir dos acontecimentos que vemos em nossa sociedade. Muitas vezes aconteceu a mesma coisa que ocorre agora e se dizia que era o fim e a vinda do Senhor. E n�o foi. N�o � por a� que vamos interpretar. O Senhor que deve vir sobre as nuvens � o que vem sempre ao nosso encontro. Aquele Que Vem (ο ερχόμενος) � um nome de Jesus como, por exemplo, Cordeiro de Deus. Vir sobre as nuvens significa a gl�ria de Deus. Estamos sempre clamando por sua vinda. Rezamos em cada Missa chamando Jesus para vir: �Anunciamos, Senhor, a vossa Morte e proclamamos a vossa Ressurrei��o, Vinde Senhor Jesus!� Por que ter medo se estamos chamando? N�o h� o que temer, pois �Ele enviar� seus anjos aos quatro cantos da terra e reunir� os eleitos de Deus, de uma extremidade � outra da terra� (Mc 13,27). O fim n�o � para o castigo, mas para o pr�mio. H� sempre um desejo profundo desse encontro com o Bom Pastor glorificado. O Senhor vir� para nos levar com Ele. N�o se trata de medo, mas de viver para que Deus seja glorificado por nossa vida. Ele: �O C�u e a terra passar�o, mas minhas palavras n�o passar�o� (Mc 13,31).
Aprendei da figueira
O salmo 15 nos d� confian�a e seguran�a: �Meu destino est� seguro em vossas m�os� (Sl 15,5). A seguran�a � din�mica e nos envolve em atitudes de responsabilidade com o Reino. Por isso Jesus manda que olhemos os sinais dos tempos. Como n�s sabemos discernir o que h� na natureza (nisso os antigos eram mestres), saibamos tamb�m discernir a presen�a do Reino de Deus e sua vinda para o meio de n�s no que acontece pelo mundo. Hoje n�o � mais a figueira, mas o conjunto dos acontecimentos. N�o se trata de apressar o fim, mas de levar o Reino a penetrar todas as estruturas sociais. A imagem da figueira � de vida nova, com os novos ramos cheios de vitalidade. Por isso o profeta Daniel escreve: �Os que tiverem sido s�bios e os que tiverem ensinado a muitos homens o caminho da virtude brilhar�o como as estrelas, por toda a eternidade� (Dn 12,3). O compromisso de f� � atual. O Reino est� entre n�s. � necess�rio criar uma espiritualidade para o tempo de espera no momento atual. Vivemos espiritualidades do passado. Temos que responder para o mundo da descren�a, do desrespeito � vida, dos problemas atuais.
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