O Deus presente que muda qualquer situa��o�
Padre Luiz Carlos de Oliveira
Mission�rio Redentorista
�Deus visita seu povo�
Partiu apressadamente
A celebra��o do tempo do Advento tem por finalidade nos lembrar, alertar e promover a consci�ncia sempre maior que Deus visita seu povo. A vinda do Filho de Deus na encarna��o continua a visita de Deus que acontece desde o in�cio da humanidade e se torna vis�vel na pessoa de seu Filho Jesus. Paulo ensina que podemos conhecer Deus pela natureza: �Sua realidade invis�vel � seu eterno poder e sua Divindade � tornou-se tang�vel, desde a cria��o do mundo atrav�s das criaturas� (Rm 1,20). Os judeus receberam o privil�gio de darem o in�cio ao processo de vinda de Deus na pessoa de Jesus, desde a escolha de Abra�o, a liberta��o do Egito, a forma��o de um povo, a terra prometida e a lei que os educou. Continua Paulo: �Agora, se manifestou a justi�a de Deus� que opera pela f� em Jesus Cristo� (Rm 3,21-22). Maria, depois de receber a visita do Anjo Gabriel que lhe anuncia que ser� m�e de um filho que ser� �chamado Filho do Alt�ssimo, e o Senhor lhe dar� ao trono de Davi seu Pai� (Lc 1,32-33). � o Messias prometido. A visita de Maria a Isabel quer retomar todo o caminho feito por Deus: visitar seu povo. A visita de Maria n�o pode se reduzir ao ensinamento da caridade que � j� o sentido do amor de Deus manifestado na Encarna��o do Filho. Ele mostra que Maria � a nova arca da alian�a que leva em si o Filho de Deus e O leva em visita. Essa visita d� o Esp�rito Santo que santifica Jo�o Batista no seio de sua m�e e desperta em Isabel a f� que proclama Jesus o Senhor. E, consequentemente, Maria, M�e do Senhor (que significa Deus). Desperta em Maria o canto no qual reconhece a obra do Senhor e sua humilde e consciente participa��o. Ao nascimento de Jo�o, Zacarias seu pai � despertado de seu mutismo para proclamar que Deus visitou seu povo: �Bendito seja o Senhor Deus de Israel porque visitou e redimiu seu povo� (Lc 1,68). Crer significa que Deus realizar� o que prometeu (Lc 1,45).
Venho fazer vossa vontade
O autor da Carta aos Hebreus, lendo nas Escrituras o Salmo 40, entende os sentimentos que o Verbo Eterno tem ao se encarnar. O que estava no cora��o do Filho de Deus ao se encarnar e nascer entre n�s. �Por que me fa�o homem?� perguntava a si mesmo. Os sacrif�cios antigos tinham cumprido sua miss�o. Agora era necess�rio outro sacrif�cio, n�o � mais de carne, mas da vontade, isto �, da entrega total de Si mesmo ao Pai: �Eis que venho. No livro est� escrito a meu respeito: Eu vim, � Deus, para fazer a tua vontade� (Hb 10,7). O sacrif�cio de Cristo n�o est� no sangue, que foi consequ�ncia do sacrif�cio maior que � a entrega total de sua vontade ao Pai. �� gra�as a esta vontade que somos santificados pela oferenda do corpo de Cristo, realizada uma vez por todas�. Depois do sacrif�cio da vontade h� a consequente entrega total de si mesmo no seu corpo. Participamos do sacrif�cio de Cristo rezando no Pai Nosso: �Seja feita vossa vontade�.
Um �nico mist�rio
Rezamos na ora��o: �Conhecendo pela mensagem do Anjo a encarna��o de vosso Filho, cheguemos por sua paix�o e cruz, � gl�ria da Ressurrei��o� (ora��o). Vemos aqui a unidade dos mist�rios de Cristo. Mist�rio � a vida de Cristo entre n�s e da qual participamos . Por essa celebra��o do Natal somos santificados. A celebra��o nos une a Cristo que se oferece ao Pai e nos une a Si em sua Ressurrei��o. Rezamos pedindo que Deus se volte para n�s. E que nos voltemos para Ele e pe�amos sua prote��o. Estaremos protegidos se fizermos a vontade do Pai e levemos as pessoas ao encontro de Jesus.
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