SAUDADES
Bruno Campel
Sinto saudades do dia que nunca nos encontramos.
Sim, daquele em que n�o nos vimos pela primeira vez.
Desse em que nunca te tive.
Daquele em que n�o falaste o que eu queria ouvir...
Da nossa primeira noite que jamais houve, qdo deixamos de conhecer-nos biblicamente at� o desmaio.
Tenho sede da noite em que nem come�amos a beber-nos.
Sinto fome dos momentos em que n�o est�vamos um no outro, devorando-nos gota a gota.
Poderia desenhar, nos m�nimos detalhes, tudo que n�o aconteceu.
O amor que n�o explodiu;
O desejo que n�o cristalizou;
Todo esse nada que n�o vivemos t�o intensamente separados...
� uma saudade t�o grande...
Uma saudade como se nunca tivesse acontecido;
Como este afago que n�o te mando e que, ainda assim,
nunca receber�s!!!
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