22 - Se Voc� Quer ter Amigos

Um homem que tem amigos deve tamb�m ser amig�vel. Prov. 18:24 (Nova Vers�o King James, em ingl�s).

V�rios anos atr�s, quando eu atuava como anci�o numa comiss�o de igreja, nosso pastor trouxe para uma reuni�o a carta que acabara de receber de um novo membro.

O remetente dizia que a nossa igreja era a mais fria, mais inamistosa que ele j� havia freq�entado. Por mais de um m�s, ningu�m o havia cumprimentado com um sorriso ou aperto de m�o. At� mesmo o aperto de m�o do pastor, � porta no final do culto, foi descrito como "descuidado". O homem conclu�a sua carta requerendo que seu nome fosse exclu�do do livro da igreja.

Voc� j� ouviu algu�m expressar tais sentimentos? Alguma vez voc� j� se sentiu da mesma forma?

De todos os grupos humanos, os crist�os devem ser os mais amig�veis. Os membros de nossa igreja, inclusive da minha, deveriam ter manifestado uma cordial sociabilidade crist� para com aquele irm�o, independentemente do que pud�ssemos pensar acerca da atitude dele. Mas � luz de nosso verso, n�o seria o caso de que ele tivesse, pelo menos em parte, certa medida de responsabilidade pela pr�pria situa��o da qual se queixava?

A sociabilidade crist� deve ser sincera, espont�nea e apropriada. Isso quer dizer que certas manifesta��es de amizade podem ser inapropriadas. Vou dar um exemplo. Enquanto pastoreava uma igreja em determinada cidade, recebi um cart�o pedindo-me que visitasse um homem que havia expressado interesse em tornar-se membro da igreja como resultado de ter assistido a um programa de televis�o. Quando cheguei � casa desse senhor, ele me abra�ou e me recebeu como se eu fosse um irm�o assumido por muito tempo. Na primeira vez em que isso aconteceu, aceitei a manifesta��o como uma express�o genu�na de fraternidade crist�.

Mas aqueles abra�os de "urso" n�o pararam. Todas as vezes em que eu o visitava, passava por um derramamento efusivo de afei��o, tanto que fiquei sem gra�a diante de suas repetidas demonstra��es f�sicas de amor fraternal. Depois de muita ora��o, escrevi-lhe o que considerei uma carta diplom�tica, sugerindo que restring�ssemos as nossas sauda��es a um amistoso aperto de m�os. Ele aceitou a sugest�o, e posteriormente tive o privil�gio de batiz�-lo.