De m�e para m�e
Hoje vi seu en�rgico protesto diante das c�meras de televis�o, contra a transfer�ncia do seu filho, menor infrator, das depend�ncias da FEBEM em S�o Paulo, para outra depend�ncia da FEBEM no interior do Estado.
Vi voc� se queixando da dist�ncia que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visit�-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela transfer�ncia.
Vi tamb�m toda a cobertura que a m�dia deu para o fato, assim como vi que n�o s� voc�, mas igualmente outras m�es na mesma situa��o, contam com o apoio de comiss�es, pastorais, �rg�os e entidades de defesa de direitos humanos.
Eu tamb�m sou m�e e, assim, bem posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro. Enorme � a dist�ncia que me separa do meu filho. Trabalhando e ganhando pouco, id�nticas s�o as dificuldades e as despesas que tenho para visit�-lo. Com muito sacrif�cio, s� posso faz�-lo aos domingos, porque labuto inclusive aos s�bados, para auxiliar no sustento e educa��o do resto da fam�lia. Felizmente conto com o meu insepar�vel companheiro, que desempenha, para mim, importante papel de amigo e conselheiro espiritual.
Se voc� ainda n�o sabe, sou a m�e daquele jovem que o seu filho matou estupidamente, num assalto a uma videolocadora, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia, para pagar os estudos � noite.
No pr�ximo domingo, quando voc� estiver se abra�ando, beijando e fazendo car�cias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde t�mulo, num cemit�rio da periferia de S�o Paulo.
Romeu Prisco
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