� a manh� cheia...
� a manh� cheia de tempestade
no cora��o do ver�o.
Como len�os brancos de adeus viajam as nuvens
que o vento sacode com viageiras m�os.
Inumer�vel cora��o do vento
pulsando sobre o nosso sil�ncio apaixonado.
Zumbindo entre as �rvores, orquestral e divino,
como uma l�ngua cheia de guerras e de cantos.
Vento que leva em r�pido roubo a ramaria
e desvia as flechas latentes dos p�ssaros.
Vento que a derruba em onda sem espuma
e subst�ncia sem peso, e fogos inclinados.
Despeda�a-se e submerge o seu volume de beijos
combatido na porta do vento do ver�o.
Pablo Neruda
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