encostei meus l�bios nos teus
nossas bocas enfim
se encontraram.
meus l�bios tocaram a tua pele
por todo teu corpo
passearam.
sei que de mim
algo em ti ficou...
a ternura de meus l�bios!
�Verluci Almeida
CAN��O DE ALTA NOITE
Alta noite, lua quieta,
muros frios, praia rasa.
Andar, andar, que um poeta
n�o necessita de casa.
Acaba-se a �ltima porta.
O resto � o ch�o do abandono.
Um poeta, na noite morta,
n�o necessita de sono.
Andar...Perder o seu passo
na noite, tamb�m perdida.
Um poeta, � merc� do espa�o,
nem necessita de vida.
Andar... - enquanto consente
Deus que seja a noite andada.
Porque o poeta, indiferente,
anda por andar - somente.
N�o necessita de nada.
Cec�lia Meireles