Continua��o da ENTREVISTA 409 concedida ao
L�TERO CULTURAL DE SELMO VASCONCELLOS.
Muito bom recordar momentos felizes como quando todo Poeta
se sentia lisonjeado ao ser entrevistado pelo Movimento L�tero
Cultural. A minha foi a n�mero 409 em 23 de JUNHO de 2012.
Obrigada Selmo Vasconcellos!
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ENTREVISTA 409
VERLUCI ALMEIDA � S�o Paulo, SP.
409 � 23 de JUNHO de 2012.
DIA CHUVOSO
Olhando a chuva, minh"alma � pura tristeza.
Uma cantilena que lembra antiga can��o,
invade suave e devagarinho o meu cora��o.
A chuva tece na vidra�a linda renda de Veneza.
Tua imagem se faz presente em mim, lentamente,
vejo al�m da janela teu sorriso lindo e t�o amado.
As minhas m�os tristes tocam o vidro gelado,
nele buscando talvez o calor de tua m�o ausente.
M�os que t�o suavemente me acariciavam.
Pernas que se entrela�avam, me aprisionaram.
Olhos onde eu naufragava e me perdia em mim.
Relembro teus beijos que do ch�o me tiravam.
Teus bra�os que com sofreguid�o me apertaram!
Saudade! Nunca houvera amor t�o grande assim.
Verluci Almeida
IN MEMORIAN
Ao soar as horas noturnas,
Assusto-me com o som do carrilh�o.
No p�ndulo impertub�vel,
vejo minha exist�ncia esvair-se
num ritmo constante, mon�tono.
Escoam-se os segundos, os minutos...
Mais uma madrugada que se anuncia insone.
A lua testemunha o sil�ncio das cigarras
enquanto lembran�as ressurgem
ao som do melanc�lico blues.
As estrelas sorriem piscando para mim,
talvez para afugentar esta tristeza infinda.
Das �rvores, as folhas ca�ram.
Em revoada, os p�ssaros partiram.
- N�o mais verei teu lindo sorriso!
Verluci Almeida
AFRODITE
Venha amado meu...
Quero despertos os deuses de tu"alma
E ent�o provar�s iguarias de Afrodite.
Desafio-te ... Zeus a me conquistar!
Com o charme de Hermes, devotando-me
de Hades, seu amor fiel.
Deus viril... Apolo eterno...
Seduza-me agora! Em jogos de amor
me envolva ardente Hefesto!
Quero as mais loucas emo��es
de Poseidon... e ent�o...
possua-me... incontrol�vel Ares!
Verluci Almeida
O POETA E A BORBOLETA
O poeta escreve com a janela aberta.
A borboleta entra pelas venezianas.
Quer observar de perto as filigranas,
Que ele esparrama na p�gina deserta.
Lembran�as... fantasias doidivanas,
Suaves e doces sonhos de crian�a!
Relembra a bela menina de tran�a,
Que coloria suas horas cotidianas.
Jogos de luz desenhados na folhagem,
Fazem-no esquecer o que ia escrever.
Imagens dela, uma deliciosa miragem!
Fecha os olhos! Sorri... fica sonhando!
O poeta e a borboleta! De enternecer,
� a cena para quem est� observando.
Verluci Almeida
MULHER
Advogada brilhante
m�dica competente
alegre balconista
ex�mia pianista,
eficiente empres�ria
modelo afamada
elegante aeromo�a
culta professora
not�vel escritora,
sorridente banc�ria.
Entre todas elas fico
com a triste oper�ria,
que mata um le�o por dia
pra sustentar a fam�lia.
Dois �nibus para o trabalho
almo�o pronto �s 5 da manh�,
roupas para lavar e passar,
casa para limpar e encerar,
o aluguel atrasado, a lista
escolar, �gua e luz vencidas,
telefone cortado.
- E o marido?
- Cacha�a no Bar!
Ela, cansada de batalhar.
- E da vida o que lhe resta?
� noite com o ator da novela
sonhar... E ela dorme feliz!
No sonho � a mais bela atriz.
Verluci Almeida
ENCRUZILHADA
Da vida estou na encruzilhada.
Fico a me perguntar: quem sou?
- e vendo que o que sou � nada -
queria saber onde meu sonho ficou.
Como encontr�-lo?... onde errei?
Ser� que escolhi a estrada errada?
De onde vim, o que sonhei, j� nem sei.
- De n�o o saber, fico sozinha e calada.
Se pudesse ao menos atingir este lugar
onde a gente sonha ser muito feliz enfim,
na Pas�rgada de Bandeira tentar chegar!
E dos meus sonhos fico triste a relembrar
vendo que a almejada felicidade, existe sim,
apenas n�o a colocamos onde podemos estar!
Verluci Almeida
AFINIDADES
[para Florbela Espanca]
Eras a flor... de todas a mais bela!
A poetisa sem sorte e em tua dor,
Viveste toda uma vida sem amor.
Triste e bela, teu nome era Florbela!
Mostraste ao mundo a tua solid�o.
Tua m�goa, em l�grimas naufragava.
Teus sonetos, com lirismo encantava.
S� tu sabias como sofria teu cora��o.
Em tua alma de p�ssaro encantado,
Vejo muito do que sinto, me espanta
Coisas minhas escritas em tuas linhas.
O amor por ti almejado e sonhado
Em versos declamado me encanta.
- Que afinidades comigo tu tinhas!
Verluci Almeida
AOS POUCOS
Meu rosto era t�o lindo
t�o claro, lisinho.
Foi enrugando-se
aos poucos.
Sonhei primavera florida
Vivi intenso ver�o.
Folha eu fui no outono.
Desintegrei-me aos poucos.
No g�lido inverno
Me desfiz em flores e cores.
De mim, restou apenas
A l�grima que rola
Nos olhos de meus amores!
Verluci Almeida
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