CRIAN�A
�s vezes somos possu�dos por uma sensa��o
de tristeza que n�o conseguimos controlar.
Percebemos que o instante m�gico daquele
dia passou, e nada fizemos. Ent�o, a vida
esconde sua magia e sua arte. Temos que
escutar a crian�a que fomos um dia, e que
ainda existe dentro de n�s.
Esta crian�a entende de instantes m�gicos!
Podemos sufocar seu pranto, mas n�o
podemos calar sua voz. Esta crian�a que
fomos um dia continua presente. Prestemos
aten��o ao que nos diz a crian�a que temos
guardado no peito. N�o nos envergonhemos
dela. N�o vamos deixar que ela tenha medo,
porque est� s� e quase nunca � ouvida.
Vamos permitir que ela tome um pouco
as r�deas de nossa exist�ncia. Esta crian�a
sabe que um dia � diferente do outro. Vamos
fazer com que se sinta de novo amada. Vamos
agrad�-la, mesmo que pare�a tolice aos olhos
dos outros. Se escutarmos a crian�a que temos
na alma, nossos olhos tornar�o a brilhar.
Se n�o perdermos o contato com esta crian�a,
n�o perderemos o contato com a vida.
Trecho do livro de Paulo Coelho
"Na Margem do Rio Pietra Eu Sentei e Chorei"
"Eu escrevo sem esperan�a de que o que eu
escrevo altere qualquer coisa. N�o altera em
nada... Porque no fundo a gente n�o est� querendo
alterar as coisas. A gente est� querendo desabrochar
de um modo ou de outro"
( Clarice Lispector )