O poeta � um fingidor.
Finge t�o completamente
Que chega a fingir que � dor
A dor que deveras sente.
E os que l�em o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
N�o as duas que ele teve,
Mas s� a que eles n�o t�m.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a raz�o,
Esse comboio de corda
Que se chama cora��o.
Fernando Pessoa
SER POETA
sorrindo...
�s vezes triste e calada,
sigo esparramando
doces palavras no papel
escrevendo minha poesia,
criando sonhos
alimentando fantasias!
deixo em meus versos
minhas alegrias
meus amores,
minha solid�o
um pedacinho
de meu cora��o!
�Verluci Almeida