O �ltimo Tango nas Malvinas
(Parte I)
Os homens amam a guerra. Por isso
se armam festivos em coro e cores
para o d�bio esporte da morte.
Amam e n�o disfar�am.
alardeiam esse amor nas pra�as,
criam manuais e escolas,
al�ando bandeiras e recolhendo caix�es,
entoando slogans e sepultando can��es.
Os homens amam a guerra.
Mas n�o a amam
s� com a coragem do atleta
e a emp�fia militar, mas com a piedosa
voz do sacerdote, que antes do combate
serve a h�stia da morte.
Foi assim na Crim�ia e Tr�ia,
na Eritr�ia e Angola,
na Mong�lia e Arg�lia,
na Sib�ria e agora.
Os homens amam a guerra
e mal suportam a paz.
Os homens amam a guerra,
portanto,
n�o h� perigo de paz.
Os homens amam a guerra, profana
ou santa, tanto faz.
Os homens t�m a guerra como amante,
embora esposem a paz.
(parte I do Poema " O �ltimo Tango nas Malvinas "
de Affonso Romano de Sant�Anna)
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P A Z!
PALAVRA T�O PEQUENA
QUE TANTA FALTA NOS FAZ!
P A Z!
A PAZ � VOC� QUEM FAZ!
Verluci Almeida
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