Claro que sim, que te procuro.
Tu, um qualquer que me desvendaste-me assim que me viste. Corrigiste o sorriso, acertaste com a l�grima, esventraste-me as mem�rias e derreteste fantasmas em menos de nada.
Tu, um qualquer, que me disseste que n�o sabia andar. Que n�o sabia caminhar e que por isso teimava em cair em todos os buracos que encontrava. Que insistia no desafio do abismo, mesmo sabendo o resultado final.
Tu, um qualquer, que me obrigaste a abra�ar-me ao espelho. A querer gostar de mim. A querer amar-me. Como tu.
Tu, um qualquer, que soube sempre quem eu era, mesmo quando eu n�o fazia minima ideia onde me poderia encontrar.
Claro que te procuro. Ainda que em sonhos.