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O que �?
Como Come�a?
O Diagn�stico
O Curso
O que Causa?
Quando um Filhos tem Esquizofrenia
Sintomas Positivos e Negativos
Como Reconhecer o Come�o?
A Fam�lia do Esquizofr�nico
Sinais de Boa Recupera��o
Conselho aos Pais
Uso das Medica��es

O que �?
Apesar da exata origem n�o estar conclu�da, as evid�ncias indicam mais e mais fortemente que a esquizofrenia � um severo transtorno do funcionamento cerebral. A Dra Nancy Andreasen disse: "As atuais evid�ncias relativas �s causas da esquizofrenia s�o um mosaico: a �nica coisa clara � a constitui��o multifatorial da esquizofrenia. Isso inclui mudan�as na qu�mica cerebral, fatores gen�ticos e mesmo altera��es estruturais. A origem viral e traumas encef�licos n�o est�o descartados. A esquizofrenia � provavelmente um grupo de doen�as relacionadas, algumas causadas por um fator, outras, por outros fatores".
A quest�o sobre a exist�ncia de v�rias esquizofrenias e n�o apenas uma �nica doen�a n�o � um assunto novo. Primeiro, pela diversidade de manifesta��es como os sub-tipos paran�ide, hebefr�nico e catat�nico al�m das formas at�picas, que s�o conhecidas h� d�cadas. Segundo, por analogia com outras �reas m�dicas como o c�ncer. O c�ncer para o leigo � uma doen�a que pode atingir diferentes �rg�os. Na verdade trata-se de v�rias doen�as com manifesta��o semelhante. Para cada tipo de c�ncer h� uma causa distinta, um tratamento espec�fico em chances de cura distintas. S�o, portanto, v�rias doen�as. Na esquizofrenia talvez seja o mesmo e o simples fato de trat�-la como uma doen�a s� que atrapalha sua compreens�o. Poucos sabemos sobre essa doen�a. O m�ximo que conseguimos foi obter controle dos sintomas com os antipsic�ticos. Nem sua classifica��o, que � um dos aspectos fundamentais da pesquisa, foi devidamente conclu�da. Revis�o

Como Come�a?
A esquizofrenia pode desenvolver-se gradualmente, t�o lentamente que nem o paciente nem as pessoas pr�ximas percebem que algo vai errado: s� quando comportamentos abertamente desviantes se manifestam. O per�odo entre a normalidade e a doen�a deflagrada pode levar meses.
Por outro lado h� pacientes que desenvolvem esquizofrenia rapidamente, em quest�o de poucas semanas ou mesmo de dias. A pessoa muda seu comportamento e entra no mundo esquizofr�nico, o que geralmente alarma e assusta muito os parentes.
N�o h� uma regra fixa quanto ao modo de in�cio: tanto pode come�ar repentinamente e eclodir numa crise exuberante, como come�ar lentamente sem apresentar mudan�as extraordin�rias, e somente depois de anos surgir uma crise caracter�stica.
Geralmente a esquizofrenia come�a durante a adolesc�ncia ou quando adulto jovem. Os sintomas aparecem gradualmente ao longo de meses e a fam�lia e os amigos que mant�m contato freq�ente podem n�o notar nada. � mais comum que uma pessoa com contato espa�ado por meses perceba melhor a esquizofrenia desenvolvendo-se. Geralmente os primeiros sintomas s�o a dificuldade de concentra��o, prejudicando o rendimento nos estudos; estados de tens�o de origem desconhecida mesmo pela pr�pria pessoa e ins�nia e desinteresse pelas atividades sociais com conseq�ente isolamento. A partir de certo momento, mesmo antes da esquizofrenia ter deflagrado, as pessoas pr�ximas se d�o conta de que algo errado est� acontecendo. Nos dias de hoje os pais pensar�o que se trata de drogas, os amigos podem achar que s�o d�vidas quanto � sexualidade, outros julgar�o ser d�vidas existenciais pr�prias da idade. Psicoterapia contra a vontade do pr�prio ser� indicada e muitas vezes realizada sem nenhum melhora para o paciente. A perman�ncia da dificuldade de concentra��o levar� � interrup��o dos estudos e perda do trabalho. Aqueles que n�o sabem o que est� acontecendo, come�am a cobrar e at� hostilizar o paciente que por sua vez n�o entende o que est� se passando, sofrendo pela doen�a incipiente e pelas injusti�as impostas pela fam�lia. � comum nessas fases o desleixo com a apar�ncia ou mudan�as no visual em rela��o ao modo de ser, como a realiza��o de tatuagens, piercing, cortes de cabelo, indument�rias estranhas e descuido com a higiene pessoal. Desde o surgimento dos hippies e dos punks essas formas estranhas de se apresentar, deixaram de ser t�o estranhas, passando mesmo a se confundirem com elas. O que contribui ainda mais para o falso julgamento de que o filho � apenas um "rebelde" ou um "desviante social".
Muitas vezes n�o h� uma fronteira clara entre a fase inicial com comportamento anormal e a esquizofrenia propriamente dita. A fam�lia pode considerar o comportamento como tendo passado dos limites, mas os mecanismos de defesa dos pais os impede muitas vezes de verem que o que est� acontecendo; n�o � culpa ou escolha do filho, � uma doen�a mental, fato muito mais grave.
A fase inicial pode durar meses enquanto a fam�lia espera por uma recupera��o do comportamento. Enquanto o tempo passa os sintomas se aprofundam, o paciente apresenta uma conversa estranha, irreal, passa a ter experi�ncias diferentes e n�o usuais o que leva as pessoas pr�ximas a julgarem ainda mais que o paciente est� fazendo uso de drogas il�citas. � poss�vel que o paciente j� esteja tendo sintomas psic�ticos durante algum tempo antes de ser levado a um m�dico.
Quando um fato grave acontece n�o h� mais meios de se negar que algo muito errado est� acontecendo, seja por uma atitude fisicamente agressiva, seja por tentativa de suic�dio, seja por manifestar seus sintomas claramente ao afirmar que � Jesus Cristo ou que est� recebendo mensagens do al�m e falando com os mortos. Nesse ponto a psicose est� clara, o diagn�stico de psicose � inevit�vel. Nessa fase os pais deixam de sentir raiva do filho e passam a se culpar, achando que se tivessem agido antes nada disso estaria acontecendo, o que n�o � verdade. Infelizmente o tratamento precoce n�o previne a esquizofrenia, que � uma doen�a inexor�vel. As medica��es controlam parcialmente os sintomas: n�o normalizam o paciente. Quando isso acontece � por remiss�o espont�nea da doen�a e por nenhum outro motivo.

O Diagn�stico
N�o h� um exame que diagnostique precisamente a esquizofrenia, isto depende exclusivamente dos conhecimentos e da experi�ncia do m�dico, portanto � comum ver conflitos de diagn�stico. O diagn�stico � feito pelo conjunto de sintomas que o paciente apresenta e a hist�ria como esses sintomas foram surgindo e se desenvolvendo. Existem crit�rios estabelecidos para que o m�dico tenha um ponto de partida, uma base onde se sustentar, mas a maneira como o m�dico encara os sintomas � pessoal. Um m�dico pode considerar que uma ins�nia apresentada n�o tenha maior import�ncia na composi��o do quadro; j� outro m�dico pode consider�-la fundamental. Assim os quadros n�o muito definidos ou at�picos podem gerar conflitos de diagn�stico.

O Curso
Que a esquizofrenia � doen�a grave ningu�m duvida, pois afeta as emo��es, o pensamento, as percep��es e o comportamento. Mas o que dizer de uma gravidade que pode n�o deixar seq�elas nem amea�ar a vida da pessoa, mas pelo contr�rio permite o restabelecimento da normalidade? A gravidade ent�o n�o est� tanto no diagn�stico: est� mais no curso da doen�a.
Classicamente a distin��o que Kraepelin fez entre esquizofrenia (dem�ncia precoce) e o transtorno bipolar (psicose c�clica) foi a possibilidade de recupera��o dos cicladores, enquanto os esquizofr�nicos se deterioravam e n�o se recuperavam. Talvez a partir da� criou-se uma tend�ncia a considerar-se a esquizofrenia irrecuper�vel. N�o resta a menor


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