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Esquizofrenia
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Esquizofrenia
Aviso m�dico
Classifica��o e recursos externos

Eugen Bleuler deu nome � Esquizofrenia, desordem que era conhecida anteriormente como dementia praecox
CID-10 F20.
CID-9 295
OMIM 181500
DiseasesDB 11890
MeSH F03.700.750

A esquizofrenia (do grego σχιζοφρενία; σχίζειν, "dividir"; e φρήν, "phren", "phren�s", no antigo grego, parte do corpo identificada por fazer a liga��o entre o corpo e a alma, literalmente significa "diafragma"[1]) � um transtorno ps�quico severo que se caracteriza classicamente pelos seguintes sintomas: altera��es do pensamento, alucina��es (visuais, cinest�sicas, e sobretudo auditivas), del�rios e altera��es no contato com a realidade. Junto da paranoia (transtorno delirante persistente, na CID-10) e dos transtornos graves do humor (a antiga psicose man�aco-depressiva, hoje fragmentada na CID-10 em epis�dio man�aco, epis�dio depressivo grave e transtorno bipolar), as esquizofrenias comp�em o grupo das Psicoses[2]

� hoje encarada n�o como doen�a, no sentido cl�ssico do termo, mas sim como um transtorno mental, podendo atingir diversos tipos de pessoas, sem exclus�o de grupos ou classes sociais.

De acordo com algumas estat�sticas, a esquizofrenia atinge 1% da popula��o mundial,[3] manifestando-se habitualmente entre os 15 e os 25 anos, com propor��o semelhante entre homens e mulheres, podendo igualmente ocorrer na inf�ncia ou na meia-idade.

Algumas pessoas acometidas da esquizofrenia se destacaram e se destacam no meio acad�mico, art�stico e social. Um exemplo famoso � o do matem�tico norte-americano John Forbes Nash, que, apesar do desafio de conviver por toda a vida com os sintomas psic�ticos t�picos, � um intelectual importante, deixando grandes contribui��es �s �reas de economia, biologia e teoria dos jogos.

�ndice [esconder]
1 Sintomas
1.1 Sintomas positivos
1.2 Sintomas negativos
2 Causas
2.1 Teoria gen�tica
2.2 Teoria neurobiol�gica
2.3 Teorias psicanal�ticas
3 Teorias familiares
3.1 Teoria dos neurotransmissores
4 Tipos de esquizofrenia
5 Diagn�stico e quest�es pol�micas
6 A intera��o com pacientes
7 Tratamento farmacol�gico
8 Refer�ncias
9 Refer�ncias Bibliogr�ficas
10 Liga��es externas

[editar] Sintomas
A esquizofrenia, talvez a psicopatologia de maior comprometimento ao longo da vida, caracteriza-se essencialmente por uma fragmenta��o da estrutura b�sica dos processos de pensamento, acompanhada pela dificuldade em estabelecer a distin��o entre experi�ncias internas e externas. Embora primariamente um transtorno que afeta os processos cognitivos[de conhecimento], seus efeitos repercutem-se tamb�m no comportamento e nas emo��es.

Os sintomas da esquizofrenia podem n�o ser os mesmos de indiv�duo para indiv�duo, podendo aparecer de forma insidiosa e gradual ou, pelo contr�rio, manifestar-se de forma explosiva e instant�nea.

Podem ser divididos em duas grandes categorias: sintomas positivos e negativos.

[editar] Sintomas positivos
Os sintomas positivos est�o presentes com maior visibilidade na fase aguda do transtorno e s�o as perturba��es mentais "muito fora" do normal, como que "acrescentadas" �s fun��es psicol�gicas do indiv�duo. Entende-se como sintomas positivos os del�rios � ideias delirantes, pensamentos irreais, "ideias individuais do doente que n�o s�o partilhadas por um grande grupo",[4] por exemplo, um indiv�duo que acha que est� a ser perseguido pela pol�cia secreta, e acha que � o respons�vel pelas guerras do mundo; as alucina��es, percep��es irreais � ouvir, ver, saborear, cheirar ou sentir algo irreal, sendo mais frequente as alucina��es auditivo-visuais; pensamento e discurso desorganizado, elabora��o de frases sem qualquer sentido ou inven��o de palavras; altera��es do comportamento, ansiedade, impulsos ou agressividade.

[editar] Sintomas negativos
Os sintomas negativos s�o o resultado da perda ou diminui��o das capacidades mentais, "acompanham a evolu��o da doen�a e refletem um estado deficit�rio ao n�vel da motiva��o, das emo��es, do discurso, do pensamento e das rela��es interpessoais",[4] como a falta de vontade ou de iniciativa; isolamento social; apatia; indiferen�a emocional; pobreza do pensamento.

Estes sinais n�o se manifestam todos no indiv�duo esquizofr�nico. Algumas pessoas v�em-se mais afetadas do que outras, podendo muitas vezes ser incompat�vel com uma vida normal. No entanto, alguns sintomas podem oscilar, aparecer e desaparecer em ciclos de recidivas e remiss�es.

"N�o h�, contudo, sinais nem sintomas patognom�nicos da doen�a, podendo-se de alguma forma fazer refer�ncia a um quadro prodr�mico que s�o em grande parte sintomas negativos, como, por exemplo, invers�o do ciclo de sono, isolamento, perda de interesse por atividades anteriormente agrad�veis, apatia, descuido com a higiene pessoal, ideias bizarras, comportamentos poucos habituais, dificuldades escolares e profissionais, entre outras. Posteriormente a esta fase inicial, surgem os sintomas positivos".[5]
"Diz-se que os primeiros sinais e sintomas de esquizofrenia s�o insidiosos. O primeiro sintoma de sossego/calma e afastamento, vis�vel num adolescente, normalmente passa despercebido como tal, pois se remete o facto para "� uma fase". Pode inclusivamente ser um enfermeiro de sa�de escolar ou um conselheiro a come�ar a notar estas mudan�as. (�) � importante dizer-se que � muito f�cil interpretar incorretamente estes comportamentos, associando-os � idade.".[6]
[editar] Causas
N�o existe uma causa �nica para o desencadear deste transtorno. Assim como o progn�stico � incerto para muitos quadros, a etiologia das psicoses, principalmente da esquizofrenia, � incerta, ou melhor, de causa��o multifatorial. Admite-se hoje que v�rias causas concorrem entre si para o aparecimento, como: quadro psicol�gico (consciente e inconsciente); o ambiente; hist�rico familiar da doen�a e de outros transtornos mentais; e mais recentemente, tem-se admitido a possibilidade de uso de subst�ncias psicoativas poderem ser respons�veis pelo desencadeamento de surtos e aflora��o de quadros psic�ticos.

[editar] Teoria gen�tica
A teoria gen�tica admite que genes podem estar envolvidos, contribuindo juntamente com os fatores ambientais para o desencadear do transtorno. Sabe-se que a probabilidade de um indiv�duo vir a sofrer de esquizofrenia aumenta se houver um caso desta doen�a na fam�lia. "No caso de um dos pais sofrer de esquizofrenia, a preval�ncia da doen�a nos descendentes diretos � de 12%. � o caso do esquizofr�nico matem�tico norte-americano John Nash que divide com o filho, John Charles Martin, a mesma doen�a. Na situa��o em que ambos os pais se encontram atingidos pela doen�a, esse valor sobe para 40%".[7] No entanto, mesmo na aus�ncia de hist�ria familiar, a doen�a pode ainda ocorrer.".[4] Segundo Gottesman (1991), referenciado por Pedro Afonso (2002), sabe-se ainda que cerca de 81% dos doentes com esquizofrenia n�o t�m qualquer familiar em primeiro grau atingido pela doen�a e cerca de 91% n�o t�m sequer um familiar afetado. No entanto, a causalidade gen�tica ainda n�o � comprovada e as pesquisas t�m demonstrado discrep�ncias muito grandes quando se trata de investigar a predisposi��o para a doen�a.

Outro argumento importante � a concord�ncia em g�meos mon


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