O matem�tico norte-americano John Nash, que, em sua juventude, sofria de esquizofrenia, conseguiu reverter sua situa��o cl�nica e ganhar o Pr�mio Nobel de Ci�ncias Econ�micas em 1994.Em muitos casos, os indiv�duos com esquizofrenia foram crian�as t�midas, introvertidas, com dificuldades de relacionamento e com pouca interac��o emocional. As crian�as apresentam ainda dificuldades ao n�vel da aten��o e do comportamento. Durante a adolesc�ncia o isolamento vai se tornando cada vez maior e o rendimento escolar diminuindo. Estas modifica��es s�o frequentemente associadas � crise da adolesc�ncia. "Para o adolescente este � um per�odo de confus�o, sente-se desconcentrado, n�o sabe o que se est� a passar com ele. O jovem come�a a passar grandes per�odos frente ao espelho a observar o seu corpo revelando a presen�a de altera��es do seu esquema corporal que podem surgir associadas � viv�ncia psic�tica. Isto n�o acontece s� ao n�vel do corpo, mas tamb�m na consci�ncia de si pr�prio (perturba��o da viv�ncia do �eu�) apresentando neste caso sentimentos de despersonaliza��o".[4]
Uma crise psic�tica pode ser precipitada por v�rios factores, como por exemplo, mudar de casa, perder um familiar, rompimento com um(a) namorado(a), entrar na universidade�
Neste tipo de doen�a, � raro o indiv�duo ter consci�ncia de que est� realmente doente, o que torna dif�cil a ades�o ao tratamento.
Um dos maiores medos que a pessoa com esquizofrenia sente � o de ser estigmatizada por preconceitos sociais relativamente � sua doen�a, especialmente a ideia de que a pessoa � violenta, intrinsecamente perigosa, ideia essa que estudos recentes p�em completamente de parte, mostrando que a incid�ncia de comportamento violento nestes doentes e na popula��o em geral � id�ntico, se n�o mesmo inferior.
"Quero que as pessoas entendam que sou como os outros. Sou um indiv�duo e deveria ser tratada como tal pela sociedade. N�o deveriam fechar-me numa caixa com a etiqueta de esquizofrenia"[11] (Jane).
"As pessoas com esquizofrenia t�m muitas vezes dificuldade em satisfazer as suas necessidades devido � sua doen�a".[11]
� importante que o processo de reabilita��o seja um processo cont�nuo, para que possa ter sucesso, proporcionando uma maior qualidade de vida, maior autonomia e realiza��o pessoal. Para atingir estes objectivos, foram criadas estruturas de apoio, os chamados equipamentos substitutivos (� estrutura manicomial) como os CAPS (Centros de Aten��o psicossocial), Centros de Conviv�ncia, Oficinas, hospitais dia, servi�os residenciais terap�uticos, empregos apoiados, f�runs s�cio-ocupacionais.
Uma das grandes dificuldades destes doentes � a sua integra��o no mercado de trabalho, visto existir uma grande competitividade, levando a que muitos acabem por desistir. Da� ser relevante o acompanhamento destes no per�odo de adapta��o.
� bastante �til que o paciente tenha conhecimentos sobre os sintomas e poss�veis sofrimentos ao longo da vida, e que possa ter um papel ativo no seu tratamento e controle sobre o seu estado. Sendo por isso vantajoso que estes sigam alguns cuidados, nomeadamente:
Se achar que a medica��o n�o est� a ajudar ou sentir efeitos n�o desej�veis deve avisar o seu m�dico psiquiatra;
Fazer psicoterapia e ter consultas regulares com seu psic�logo;
Ter o cuidado de conservar um ritmo de sono e vig�lia correto, com as horas de sono necess�rias;
Evitar o stress;
Deve manter rotinas normais de higiene, alimenta��o, atividades f�sicas e de lazer;
Evitar subst�ncias psicoativas que possam interferir prejudicialmente no tratamento - como �lcool e outras drogas;
Procurar ter horas para dormir, comer, trabalhar - ou seja, criar rotinas;
Permanecer em contato com as outras pessoas, n�o buscar o isolamento;
Manter o contato com o psiquiatra, psic�logo e a equipe de sa�de mental;
Praticar desporto pelo menos uma vez por semana;
A participa��o da fam�lia � fundamental, reuni�es dos psic�logos com os familiares s�o muito importantes porque a resid�ncia � o ambiente cerne da busca da sanidade mental.
Os esquizofr�nicos podem apresentar tamb�m sintomas depressivos, que nem sempre t�m origem em aspectos biol�gicos ou neuroqu�micos da doen�a. "O desapontamento e a desilus�o vividos por alguns deste doentes perante os repetidos fracassos em manterem um emprego, em conseguirem voltar a estudar ou terem um grupo de amigos torna-se uma realidade incontorn�vel",[4] levando a sentimentos de frustra��o.
Um outro aspecto associado � depress�o na esquizofrenia � a quest�o do suic�dio, que pode ter origem em v�rios factores: o sofrimento ps�quico associado � pr�pria viv�ncia psic�tica, o aspecto cr�nico e recorrente da doen�a que afecta muitos jovens.
O papel ativo da fam�lia � essencial para o tratamento, reabilita��o e reinser��o social do seu familiar que sofre de esquizofrenia. Muitas fam�lias procuram o apoio junto aos t�cnicos de sa�de, permitindo assim que estas superem e sobrevivam �s dificuldades que encontram; no entanto, h� aquelas que n�o o fazem, levando ao seu adoecimento, ou seja, n�o conseguem lidar com as crises, conduzindo � sua desestrutura��o ou destrui��o.[12]
A fam�lia deve estar preparada para o fato do doente poder ter reca�das ao longo do tempo, o que pode conduzir a um poss�vel internamento hospitalar. � bastante importante o apoio da fam�lia ao doente durante o tempo da sua perman�ncia no hospital, atrav�s de refor�o positivo, comunica��o, visitas, mostrar interesse em saber como vai a evolu��o da sua doen�a.
� natural que muitas d�vidas surjam na fam�lia em rela��o ao comportamento que v�o ter de adotar perante esta nova etapa da vida do seu familiar. Em primeiro lugar � importante que o familiar comece por se colocar no lugar da outra pessoa.
Os problemas que geralmente ocorrem na fam�lia do esquizofr�nico s�o os seguintes:
Medo� "Ele poder� fazer mal a si ou �s outras pessoas?"
Nega��o da gravidade� "Isso daqui a pouco passa", "Voc� n�o � como esse cara da televis�o"
Incapacidade de falar ou pensar em outra coisa que n�o seja a doen�a� "Toda a nossa vida gira em torno do nosso filho doente"
Isolamento social� "As pessoas at� nos procuram, mas n�o temos como fazer os programas que nos prop�em"
Constante busca de explica��es� "Ele est� assim por algo que fizemos?"
Depress�o� "N�o consigo falar da doen�a do meu filho sem chorar".
Em suma, o impacto que uma pessoa com esquizofrenia tem na fam�lia e a forma como esta se adapta face � situa��o depende da singularidade de cada um dos seus membros, mas tamb�m da forma como a doen�a surge (insidiosa ou abrupta), o seu curso, a suas consequ�ncias, no sentido de haver risco de morte amea�ada ou n�o (fase de crise � fase cr�nica), e ao grau de incapacidade gerado. Todos estes fatores t�m de ser vistos numa perspectiva psico-social e n�o isoladamente. Deve ser dada aten��o extrema ao fato de que o pr�prio esfor�o de adapta��o por parte da fam�lia pode ter como consequ�ncia um estado de exaust�o, da parte dos fam�liares, como � referido por Helena Lu�s.
[editar] Tratamento farmacol�gico
Os antipsic�ticos s�o eficazes no al�vio dos sintomas da esquizofrenia em 70% dos casos.
Alguns deles, conhecidos como antipsic�ticos t�picos, inibem fortemente os receptores D2 da Dopamina das vias dopamin�rgicas ligadas ao Sistema l�mbico do c�rebro, e o seu sucesso constitui uma forte evid�ncia da import�ncia das altera��es bioqu�micas na patogenia da doen�a conhecida como hip�te