Teoria dos neurotransmissores
Teoria neurobiol�gica
As teorias neurobiol�gicas defendem que a esquizofrenia � essencialmente causada por altera��es bioqu�micas e estruturais do c�rebro, em especial com uma disfun��o dopamin�rgica, embora altera��es noutros neurotransmissores estejam tamb�m envolvidas. A maioria dos neurol�pticos (antipsic�ticos) atua precisamente nos receptores da dopamina no c�rebro, reduzindo a produ��o end�gena deste neurotransmissor. Exatamente por isso, alguns sintomas caracter�sticos da esquizofrenia podem ser desencadeados por f�rmacos que aumentam a atividade dopamin�rgica (ex: anfetaminas).[5] Esta teoria � parcialmente comprovada pelo fato de a maioria dos f�rmacos utilizados no tratamento da esquizofrenia (neurol�pticos) atuarem atrav�s do bloqueio dos receptores (D2) da dopamina.
Teorias familiares
Assim como a abordagem psicanal�tica, outras abordagens responsabilizam a fam�lia, mas apesar de terem bastante impacto hist�rico tiveram pouco embasamento emp�rico para essas afirma��es. Surgiram na d�cada de 1950, baseadas umas no tipo de comunica��o entre os v�rios elementos das fam�lias e aparecendo outras mais ligadas �s estruturas familiares. Dos estudos desenvolvidos surge o conceito �m�e esquizofrenog�nica�, m�es possessivas e dominadoras com seus filhos, como gerador de personalidades esquizofr�nicas. Estudos posteriores vieram contudo desconfirmar esta hip�tese, relacionando esse comportamento mais com etiologias neur�ticas e n�o com a psicose.
Atualmente as abordagens familiares, ao inv�s de culp�-la, procuram apoiar a fam�lia, reconhecendo as dificuldades em lidar com um membro da fam�lia em grave sofrimento ps�quico. [9]
Teoria dos neurotransmissores
T�m-se um excesso de dopamina na via mesol�mbica e falta dopamina na via mesocortical.
Apesar de existirem todas estas hip�teses para a explica��o da origem da esquizofrenia, nenhuma delas individualmente consegue dar uma resposta satisfat�ria �s muitas d�vidas que existem em torno das causas da doen�a, refor�ando assim a ideia de uma prov�vel etiologia multifatorial.
Tipos de esquizofrenia
O diagn�stico da esquizofrenia, como sucede com a grande maioria dos transtornos mentais e demais psicopatologias, n�o se pode efetuar atrav�s da an�lise de par�metros fisiol�gicos ou bioqu�micos, e resulta apenas da observa��o cl�nica cuidadosa das manifesta��es do transtorno ao longo do tempo. Quando do diagn�stico, � importante que o m�dico exclua outras doen�as ou condi��es que possam produzir sintomas psic�ticos semelhantes (uso de drogas, epilepsia, tumor cerebral, altera��es metab�licas). O diagn�stico da esquizofrenia � por vezes dif�cil.
Paran�ide, � a forma que mais facilmente � identificada com a doen�a, predominando os sintomas positivos. O quadro cl�nico � dominado por um del�rio paran�ide relativamente bem organizado. Os doentes com esquizofrenia paran�ide s�o desconfiados, reservados, podendo ter comportamentos agressivos.
Desorganizado, em que os sintomas afectivos e as altera��es do pensamento s�o predominantes. As ideias delirantes, embora presentes, n�o s�o organizadas. Alguns doentes pode ocorrer uma irritabilidade marcada associada a comportamentos agressivos. Existe um contacto muito pobre com a realidade.
Catat�nico, � caracterizada pelo predom�nio de sintomas motores e por altera��es da actividade, que podem ir desde um estado de cansa�o e acin�tico at� � excita��o.
Indiferenciado, apresenta habitualmente um desenvolvimento insidioso com um isolamento social marcado e uma diminui��o no desempenho laboral e intelectual. Observa-se nestes doentes uma certa apatia e indiferen�a relativamente ao mundo exterior.
Residual, nesta forma existe um predom�nio de sintomas negativos, os doentes apresentam um isolamento social marcado por um embotamento afectivo e uma pobreza ao n�vel do conte�do do pensamento.
Existe tamb�m a denominada Esquizofrenia Hebefr�nica, com incid�ncia da adolesc�ncia, com o pior dos progn�sticos em rela��o �s demais varia��es da doen�a, e com grandes probabilidades de preju�zos cognitivos e socio-comportamentais.