Tudo ï¿½ inexplicï¿½vel e desconhecido, mergulhar nisto dï¿½ medo.

ï¿½Uma voz dentro de mim soluï¿½a: ï¿½Veja sï¿½, foi isso que vocï¿½ virou. Estï¿½ rodeada por opiniï¿½es negativas, olhares desanimados e rostos zombeteiros, pessoas que nï¿½o gostam de vocï¿½, e tudo porque nï¿½o escuta o conselho de sua metade melhor.ï¿½ Acredite, eu gostaria de escutar, mas nï¿½o dï¿½ certo, porque se eu ficar quieta e sï¿½ria, todo mundo acha que estou representando outro papel e tenho de me salvar com uma piada, e nem estou falando de minha prï¿½pria famï¿½lia, que presume que devo estar doente, me enche de aspirina e sedativos, sente meu pescoï¿½o e minha testa para ver se estou com febre, pergunta sobre os movimentos intestinais e me critica por estar mal-humorada, atï¿½ que eu nï¿½o aguento mais, porque quando todo mundo comeï¿½a a me chatear, fico irritada, e depois triste, a parte mï¿½ do lado de fora e a boa do lado de dentro, e tento achar um modo de me transformar no que gostaria de ser e no que poderia ser seï¿½se nï¿½o houvesse mais ninguï¿½m no mundo.ï¿½

ï¿½	O Diario de Anne Frank