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n�o falo, n�o suspiro, n�o escrevo seu nome. Mas a l�grima que agora queima a minha face me for�a a faz�-lo
NA MARGEM DO RIO PIEDRA...
EU me sentei e chorei.
Conta a lenda que tudo que cai nas �guas deste rio - as folhas, os insetos, as penas das aves - se transforma nas pedras do seu leito.
Ah, quem dera eu pudesse arrancar o cora��o do meu peito e atira-lo na correnteza, e ent�o n�o haveria mais dor, nem saudade, nem lembran�as.
�s margens do rio Piedra eu me sentei e chorei.
O frio do inverno fez com que eu sentisse as l�grimas em meu rosto, e elas se misturaram com as aguas geladas que correm diante de mim.
Em algum lugar este rio se junta com outro, depois com outro, at� que - distante dos meus olhos e do meu cora��o - todas estas �guas se misturam com o mar.
Que as minhas l�grimas corram assim para bem longe, para que meu amor nunca saiba que um dia chorei por ele. Que minhas l�grimas corram para bem longe, e ent�o eu esquecerei do rio Piedra, do mosteiro, da igreja nos Pirineus, da bruma, dos caminhos que percorremos juntos.
Eu esquecerei as estradas, as montanhas, e os campos de meus sonhos - sonhos que eram meus, e que eu n�o conhecia."Paulo Coelho
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