A minha fragilidade est� estampada nas minhas palavras que n�o existem mais. Eu me sinto t�o distante da nossa gal�xia vez ou outra que acabo me afundando em hist�rias fict�cias mais digest�veis do que toda essa realidade. Vivo te escrevendo esses bilhetes aleat�rios que voc� nem deve saber que existem. Mas eles existem de uma forma t�o devastadora em mim. Eles me soltam. Retomam o meu ar em meio h� tanta polui��o no mundo e no meu cora��o. Eles me desvendam e v�o direto para voc�. Sabe que as suas filosofias e vontades de entender a minha insanidade poderia at� dar certo dessa vez? Mas eu n�o quero falar sobre isso hoje, hoje n�o. Amanh� em um futuro incerto talvez. Hoje eu quero te falar sobre as coisas que ficaram. Dessas coisas bonitas que faziam parte da nossa poesia di�ria, mas que hoje vivem escondidas nas minhas melhores mem�rias. E que eu n�o consigo transcrev�-las para o papel. Ah, desculpa! Eu sei que voc� esperava um efeito � la Chico Buarque nelas em mim, mas nada. Nada disso. Eu me tornei t�o diferente que talvez voc� n�o me reconhecesse mais. Mas sei que me reconheceria de qualquer jeito. Por entre as minhas olheiras, minhas manh�s de mau humor, minhas palavras desgastadas e isso tudo que a minha vida acabou virando e tirando todas as minhas energias. Lembra da met�fora que voc� usava pra falar da vida? Pois �, pois �..
Quer saber mesmo a minha mais nova certeza corriqueira e ef�mera?
Eu n�o tenho for�as pra girar esse moinho mais.