“Faço dos meus sentimentos exagerados o meu próprio palco. Eu sou amor e como diria Sidney Magal, o amor tem de ser brega. Deus me livre de um amor chique, discreto. Deus me livre de sentir morno e suave. Deus me livre de falar baixo, sorrir baixo, sonhar baixo, de volume baixo. O dicionário diz que brega, adjetivo, denota falta de gosto. Eu digo que não, eu gosto muito e profundamente. Tão profundo que grito aos quatro cantos os meus amores nem sempre reais. É por isso que é tão divertido ser brega como eu. Tudo é muito, tudo é grande, tudo me transforma. Tudo me revira e vira choro e vira música, vira grito, vira motivo, vira poesia, vira esperança. Se se entregar de corpo e alma assim é ser brega, muito prazer, me chame de Marília Mendonça”.
Marília Mendonça