D�i-me o cora��o. Tal como sempre digo,
�d�i-me o cora��o�,
mas depois respondo para mim mesma
�o cora��o n�o d�i�.
D�i-me a dor da saudade a pulsar dentro de mim.
Tic tac tic tac.
Como um rel�gio de corda acertado de hora em hora.
Uma. Duas. Tr�s. Quatro. Cinco. Seis.
Invariavelmente p�ra. Ele interrompe-se fugazmente
nos meus meandros carnais.
Por vezes acordo num esgar instant�neo,
outras vezes apercebo-me que
� como se ele tivesse parado dentro de mim.
A respira��o, a transforma��o, o cora��o.
A� n�o me d�i. A� p�ra. Assemelha-se ao girar do mundo,
noite, dia, noite dia, noite e dia...
E de repente estagnado ele para...
Mas sei que o mundo n�o para, tudo continua na sua rota��o,
s� eu sinto tudo parar dentro de mim...
essa angustia que n�o me deixa continuar, viver normal...
Como se tudo cessasse bruscamente
o movimento enquanto tivesse a andar nele confiante do meu destino.
E fico parada. N�o se sente nada,
� como se a lava que percorre o meu corpo evaporasse.
Fragmentando-se numa massa,
preenchendo os meus compartimentos desgastados.
� como se inspirar e expirar se confundissem
e fundissem num s� movimento.
E eu sentisse a morte em mim.
Muito mais do que acordar afoita
desenhando fantasmas na minha imagina��o.
Fugindo deles, evitando a minha queda.
� como se aquele espa�o vazio no meio deles
n�o fosse a minha �nica salva��o.
Sinto uma paragem card�aca quando acordo.
E sempre igual todas as manh�s...
Sempre esse patamar de id�ias, sentimentos.
descontrolados que n�o me deixa continuar,
� como se tivesse presa nas correntes do tempo,
sem saber por aonde ir. como libertar dessas
pris�o interior que me causa tanta dor, e
faz meu cora��o �s vezes pulsar forte, outras sentir.
como se tivesse paralisada... Esse cansa�o
de viver sem te... � o mesmo que sentir morrer
a cada minuto, e reviver em horas seguidas.
sempre assim, sempre.