L� em cima havia um c�u
azul cheio de luz,
c� em baixo pedra solta e a minha vontade cansada a
subir.
A meio caminho h� sombra de �rvores e �gua fresca mas eu quero o
azul infinito
a tocar-me o rosto. Subo e des�o tantas vezes que nunca
chego ao cimo do mundo.
Mas n�o desisto de andar.
As nuvens contam-me hist�rias pelo caminho
e eu pinto uma aqui outra
ali para que n�o me falte companhia.
�s vezes choram, e eu com elas, at�
ser dia.
Outras vezes brincam com o sol depois de uma noite fria.
Eu
sorrio e caminho descaminhando sem dar conta.
Amanh� falta-me outro
tanto que hoje me faltou.
E depois de amanh� mais ainda.
Dizem-me que o
c�u continua l� em cima, azul e luminoso,
indiferente � desventura de
nuvens passageiras
e ao passo cansado de quem n�o lhe chega. Eu sigo,
quero confirmar que sim.