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tr�s per�odos distintos no comportamento das pessoas, o primeiro � o
ser, segundo � o ter e o terceiro � o faz de conta... A grande maioria
das pessoas est� na fase do faz de conta...
Reflitam!!
Recentemente uma professora, que veio da Pol�nia para o Brasil ainda
muito jovem, proferia uma palestra e com muita lucidez trazia pontos
importantes para reflex�o dos ouvintes.
"J� vivi o bastante para presenciar tr�s per�odos distintos no comportamento das pessoas", dizia ela.
"O primeiro momento eu vivi na inf�ncia, quando aprendi de meus pais que era preciso ser.
Ser honesta, ser educada, ser digna,
ser respeitosa, ser amiga, ser leal."
"Algumas d�cadas mais tarde, fui testemunha
da fase do ter. Era preciso ter."
"Ter boa apar�ncia, ter dinheiro, ter status,
ter coisas, ter e ter..."
"Na atualidade, estou presenciando
a fase do faz de conta."
Analisando sob esse ponto de vista, chegaremos � conclus�o que a professora tem raz�o.
Hoje, as pessoas fazem de conta e est� tudo bem.
Pais fazem de conta que educam,
professores fazem de conta que ensinam,
alunos fazem de conta que aprendem.
Profissionais fazem de conta que s�o competentes, governantes fazem de conta que se
preocupam com o povo e o povo
faz de conta que acredita.
Pessoas fazem de conta que s�o honestas, l�deres religiosos se passam
por representantes de Deus, e fi�is fazem de conta que t�m f�.
Doentes fazem de conta que t�m sa�de, criminosos fazem de conta que s�o dignos e a justi�a faz de conta que � imparcial.
Traficantes se passam por cidad�os de bem e consumidores de drogas fazem de conta que n�o contribuem com esse mercado do crime.
Pais fazem de conta que n�o sabem que seus filhos usam drogas, que se
prostituem, que est�o se matando aos poucos, e os filhos fazem de conta
que n�o sabem que os pais sabem.
Corruptos se fazem passar por idealistas e terroristas fazem de conta que s�o justiceiros...
E a maioria da popula��o faz de conta
que est� tudo bem...
Mas uma coisa � certa: n�o podemos
fazer de conta quando nos olhamos no espelho
da pr�pria consci�ncia.
Podemos at� arranjar desculpas para explicar nosso faz de conta, mas n�o justificamos.
Importante salientar, todavia,
que essa representa��o no dia-a-dia,
esse faz de conta, causa preju�zos para aqueles
que lan�am m�o desse tipo de comportamento.
A pessoa que age assim termina confundindo a si mesma e caindo num vazio, pois nem ela
mesma sabe quem �, de fato, e acaba se
traindo em algum momento.
E isso � extremamente cansativo e desgastante.
Raras pessoas s�o realmente aut�nticas.
Por isso elas se destacam nos ambientes
em que se movimentam.
S�o aquelas que n�o representam, apenas
s�o o que s�o, sem fazer de conta.
S�o profissionais �ticos e competentes, amigos leais, pais zelosos na
educa��o dos filhos, pol�ticos honestos, religiosos fi�is aos ensinos
que ministram.
S�o, enfim, pessoas especiais, descomplicadas, de atitudes simples, mas coerentes e, acima de tudo,
fi�is consigo mesmas.
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A pessoa que vive de apar�ncias ou finge ser quem n�o � corre s�rios riscos de entrar em depress�o.
Isso � perfeitamente compreens�vel, gra�as � batalha que trava consigo mesma e o desgaste para manter uma realidade falsa.
Se � f�cil enganar os outros, � imposs�vel enganar a pr�pria consci�ncia.
Por todas essas raz�es, vale a pena ser quem se �, ainda que isso n�o agrade os outros.
Afinal, n�o � aos outros que prestaremos contas das nossas a��es, e sim � nossa consci�ncia.