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A paz � um dos tesouros mais desejados nos dias atuais. Muito se tem investido para se conseguir um pouco desse bem t�o precioso.

Mas, ser� que n�s, individualmente, temos feito investimentos efetivos visando tal conquista?

O que geralmente ocorre � que temos investido nossos esfor�os na dire��o contr�ria, e de maneira impr�pria.
Quando o homem se aproxima do Evangelho s�o muitas as perguntas que passa a se fazer. Por vezes, a consci�ncia lhe diz que deve tomar certas atitudes e abrir m�o de outras.

Em certos momentos, a mensagem parece estabelecer conflitos com a realidade que vive.

Tal se d�, por exemplo, no que diz respeito ao que seja necess�rio ou sup�rfluo. Qual ser� o ponto exato em que termina um e come�a o outro?

Viajar ser� sup�rfluo? Possuir v�rios cal�ados e roupas ser� errado? Permitir-se o lazer e gastar algum dinheiro com ele ser� sup�rfluo?

Lembramo-nos de Madre Teresa de Calcut�. Ao ser convidada a receber o Pr�mio Nobel a que fez jus, ela pediu permiss�o para dispensar o banquete, pois preferia que a import�ncia a que seria gasta com ele lhe fosse dada para os seus pobres.

Afirmou, ent�o, que duas colheres de arroz eram suficientes para sua alimenta��o.

Para vestir-se, dois sar�s era o que tinha.

Para sua mente, estava bem claro o que lhe era necess�rio e o que considerava sup�rfluo.

Convenhamos, entretanto, que necessitamos nos apresentar de acordo com as fun��es e a profiss�o que exercemos.

Dependendo da profiss�o, n�o ser� sup�rfluo manter um guarda-roupa razo�vel, que nos permita comparecer aos locais com a vestimenta adequada, se isso for necess�rio.

Sup�rflua ser� a ostenta��o vaidosa de trajes e grifes.

Alimentarmo-nos � necess�rio e cada um de n�s tem sua cota estabelecida pelo seu pr�prio organismo. Ele nos diz o limite do necess�rio.

Quando desvirtuamos as nossas necessidades alimentares, permitindo-nos a gula, criamos necessidades artificiais e ca�mos no sup�rfluo.

Talvez uma boa medida do necess�rio e do sup�rfluo possa nos ser dada pelo nosso guarda-roupa. Quando as roupas forem tantas que o arm�rio j� n�o as consiga guardar, quando ao abrirmos as suas portas caem v�rias pe�as, pois que n�o h� mais espa�o para as ajeitar, eis o sup�rfluo.

Quando o mofo e as tra�as se apoderam dos nossos guardados, est�o dizendo que h� sup�rfluos pois se a necessidade ditasse o uso, cal�ados, bolsas, roupas n�o permaneceriam o tempo suficiente em gavetas e arm�rios para servirem de alimento a tra�as e sofrerem a a��o continuada da umidade.

O limite entre o necess�rio e o sup�rfluo nada tem de absoluto.

Tudo � relativo e cabe � raz�o colocar cada coisa em seu lugar.

Desenvolvamos em n�s o senso moral e o sentimento de caridade que nos permitem o acerto, repartindo o que sobra com quem tem pouco ou nada tem.

Voc� sabia...

...que a busca do bem-estar pelo homem � um desejo natural?

E que a procura do bem-estar s� � indevida se esse for conquistado �s custas de algu�m ou colaborar para o enfraquecimento das for�as f�sicas ou morais do homem?

O maior m�rito para o homem � fazer o bem aos outros.



Reda��o do Momento Esp�rita.
Em 17.12.2012.







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