Como se a pedra fosse a pele do teu rosto,
s�o assim os teus dias desfocados.
Num olhar reduzido a uma imagem letal,
a tua solid�o � um buraco de medos,
um funil de sangue por onde
nenhuma palavra passa...
Mas nada � mal�fico e triste,
nem a magn�fica pedra que
substitui as pequenas mortes...
Pensa: � como se te dissolvesses
nos intervalos da raz�o do mundo.
Sentir o cora��o atingido pelo
fermento da dor e no entanto
continuares a escrever
irreversivelmente
embalsamado.
O que a vida tem de del�rio
� n�o reconhecermos
a nossa pr�pria m�scara.
A escrita faz-te
incendiar o tempo...
E assim v�s partir quem
obedece �s regras da
tua aus�ncia.
Aus�ncia
Tem noites,
Que � insuport�vel
A tua aus�ncia...
O �ltimo adeus,
As palavras trocadas,
O beijo da despedida,
Tudo me assalta � mente...
Invade meu corpo
Uma solid�o dolorosa,
Sinto na minha alma
Um vazio mortal...
Busco, sem te encontrar,
Neste leito vazio,
Grande demais s� para mim...